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Conjecturas

Meu amigo fechou o livro com uma expressão interrogativa. Tinha-o pego pois o título de um capítulo lhe chamara a atenção: “A origem da vida”.

Os autores — conceituados cientistas — a que conclusão chegaram?

O capítulo que o atraíra era uma obra prima… de não dar resposta à questão. Parecia, naquele assunto específico, com a resposta dada por um esperto personagem empenhado em não se comprometer. Perguntado se era favorável a determinado tema polêmico respondera: “Não sou contra nem a favor, muito pelo contrário; em caso de discordância não resta a menor dúvida”. Ou seja, não dissera nada…

Assim também o tal capítulo sobre a origem da vida. Havia nele termos como: “continuará durante muito tempo um enigma a ser decifrado pela ciência”. Ou então: “a busca da origem da vida nos faz recuar para um passado cada vez mais longínquo, sobre o qual podemos apenas fazer conjecturas”.

A ciência segundo São Tomás de Aquino “é o conhecimento certo por meio das causas”. Falando-se de “origem da vida”, se está procurando exatamente a causa dela. Sobre isso a ciência tem apenas conjecturas…

Evidentemente, num panorama do qual se retira Deus, a causa das causas, fica tudo nebuloso, confuso e hipotético.

Pondo-se a Deus como o Criador, tudo fica explicado. Um Prêmio Nobel em física (Alfred Kastler) diz que “imaginar um universo sem Deus Criador é um absurdo. Para um físico, um átomo é tão complexo que não se explica sem uma inteligência divina”.

Na nossa vida individual, excluindo-se a Deus, perdemos o rumo e o resultado é o mundo de hoje, em muitos dos seus aspectos. O mesmo ocorre com a ciência: fica reduzida a trabalhar com conjecturas.