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O BURACO DA FECHADURA

Certa casa estava infestada por um bando de ratos, mas, afinal seus donos conseguiram um gato muito eficaz em suas expedições “raticidas”. Essa foi a razão pela qual reuniu-se uma assembleia dos roedores para deliberarem como enfrentar a nova ameaça.

Surgiram as ideias mais variadas. Um dos ratos parecia de ter encontrado a solução:

— Senhores, a solução é colocar um guizo bem audível no pescoço do gato. Assim, quando ele se aproximar fugimos todos!

Aplausos, “vivas”, “apoiado”, etc. se fizeram ouvir. Quando o alarido inicial diminuiu, um ratinho idoso, esperto, com muita experiência da vida, interveio:

— Está muito bem… Resta saber quem vai amarrar o guizo no pescoço do gato…

Silêncio sepulcral. Ninguém tinha pensado nisso! E agora?

* * *

Foi participando de uma reunião pedagógica e catequética que lembrei-me desta narração pitoresca. E o problema não era nenhum gato, mas sim como despertar o interesse dos assistentes — alunos, catequisandos, etc. — para as matérias que deviam aprender e assim, chegando à idade adulta, serem elementos úteis para a sociedade.

Devo confessar que algumas soluções pareciam-se com a do guizo no pescoço do gato…

De um modo ou de outro esse é um dos grandes problemas de quem tem algo a transmitir para uma geração cada vez mais acostumada a imagens e a contínuas mudanças. Como apresentar verdades perenes, imutáveis — tão imutáveis como a lei de gravidade — para jovens acostumados apenas a coisas sempre novas… e nem sempre tão boas.

Mas, dirá alguém, para onde leva isso tudo?

Leva ao seguinte: há muitas coisas que, só tornando claro a necessidade delas, é possível despertar o interesse para a solução.

E aqui entram os Arautos do Evangelho.

Como explicar a crescente influência de seu método de acolher e encaminhar a juventude? A solução nos dá sempre Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, acostumado desde os bancos escolares ao trato exitoso com a juventude; é ele o orientador dos trabalhos de evangelização que fazemos.

Vejamos apenas um dos aspectos da solução sapiencial para tal caso: o uso do teatro para fazer penetrar nas mentes juvenis os princípios eternos que os devem guiar vida afora.

Em Vitória, uso do teatro

Em Vitória, como nas demais casas dos Arautos, o recurso ao teatro é muito usado. Como o é também em eventos públicos para os quais os Arautos são solicitados.

A razão é… atualíssima: foi a que utilizou Jesus nas suas pregações. Ao ser perguntado: “Mestre, o que é o Reino dos Céus?” Jesus não respondia com longas digressões teológicas, mas com parábolas fáceis de guardar: ora assemelhava o Reino dos Céus a uma moeda perdida, a uma semente ou a um tesouro escondido.

Após a apresentação de uma pequena peça (ou “scketch”), ouvi de um dos pais presentes: “Numa encenação de 5 minutos, vocês conseguiram passar uma mensagem que, se fosse explicar em palavras, levaria a tarde inteira”. E tinha toda razão.

As explanações entremeadas de encenações teatrais, música, vídeos esclarecedores, debates (tão vivazes quanto amistosos…) e muitos outros recursos ao inopinado ou inesperado, marcam profundamente as jovens mentes.

Esse é o “buraco de fechadura” para podermos despertar em suas almas os valores que compartilharão depois em seus círculos de relações familiares, escolares, esportivas, etc.

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