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Dos pobres é o Reino dos Céus

Depois do pecado original o egoísmo, a ambição e a tendência a apegar-se às criaturas, causa da perdição de tantas almas. Como solucionar isto?

Jesus, porém, sendo rico, Se fez pobre. O próprio Filho de Deus, com o exemplo de sua vida e sua doutrina, ensinou ao mundo como praticar a pobreza, virtude tão difícil de ser abraçada pelo homem.

Já no Presépio o Salvador, ainda tenra criancinha, começa a nos enriquecer por sua pobreza, convidando-nos a contemplá-Lo na Gruta inóspita e fria, onde um boi e um burro O aquecem com seu hálito.

Ele quis nascer em condições tão rudes para nos mostrar que os bens materiais são elementos secundários para quem O possui, pois, quer na penúria, quer no luxo, felizes são os que n’Ele depositam sua confiança.

As primeiras pessoas que Ele acolhe são simples pastores, escolhidos não por causa de sua modesta condição econômica ou social, mas porque possuíam a humildade de coração. A estes pequeninos, realmente pobres, Ele manda chamar por meio dos Anjos.

Mas houve outros convidados: os Magos, vindos de terras longínquas prostrando-se O adoraram e ofereceram-Lhe ouro, incenso e mirra”. Reis de vastos domínios no Oriente, suas almas não estavam presas às riquezas materiais.

Tanto os pastores quanto os Magos buscavam a Deus e não a si mesmos, queriam adorá-Lo, servi-Lo e não satisfazer seus meros interesses. Jesus os atraiu a Si não porque tivessem poucas ovelhas ou muitos castelos, mas  porque eram humildes e cheios de fé.

Saibamos também nós ser pobres de verdade, não nos apegando aquilo que temos para sermos assim “pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”

 

 

(Condensado do artigo do mesmo título, de autoria da Irmã Maria Carolina Vindas Morales, EP, publicado na revista Arautos do Evangelho, nº 180, dezembro de 2016, p. 50-51. Para acessar a revista Arautos do Evangelho do corrente mês clique aqui )

 

Ilustrações: Arautos do Evangelho, Gustavo Krajl