O BURACO DA FECHADURA
Certa casa estava infestada por um bando de ratos, mas, afinal seus donos conseguiram um gato muito eficaz em suas expedições “raticidas”. Essa foi a razão pela qual reuniu-se uma assembleia dos roedores para deliberarem como enfrentar a nova ameaça.
Surgiram as ideias mais variadas. Um dos ratos parecia de ter encontrado a solução:
— Senhores, a solução é colocar um guizo bem audível no pescoço do gato. Assim, quando ele se aproximar fugimos todos!
Aplausos, “vivas”, “apoiado”, etc. se fizeram ouvir. Quando o alarido inicial diminuiu, um ratinho idoso, esperto, com muita experiência da vida, interveio:
— Está muito bem… Resta saber quem vai amarrar o guizo no pescoço do gato…
Silêncio sepulcral. Ninguém tinha pensado nisso! E agora?
Foi participando de uma reunião pedagógica e catequética que lembrei-me desta narração pitoresca. E o problema não era nenhum gato, mas sim como despertar o interesse dos assistentes — alunos, catequisandos, etc. — para as matérias que deviam aprender e assim, chegando à idade adulta, serem elementos úteis para a sociedade.
Devo confessar que algumas soluções pareciam-se com a do guizo no pescoço do gato…
De um modo ou de outro esse é um dos grandes problemas de quem tem algo a transmitir para uma geração cada vez mais acostumada a imagens e a contínuas mudanças. Como apresentar verdades perenes, imutáveis — tão imutáveis como a lei de gravidade — para jovens acostumados apenas a coisas sempre novas… e nem sempre tão boas.
Mas, dirá alguém, para onde leva isso tudo?
Leva ao seguinte: há muitas coisas que, só tornando claro a necessidade delas, é possível despertar o interesse para a solução.
E aqui entram os Arautos do Evangelho.
Como explicar a crescente influência de seu método de acolher e encaminhar a juventude? A solução nos dá sempre Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, acostumado desde os bancos escolares ao trato exitoso com a juventude; é ele o orientador dos trabalhos de evangelização que fazemos.
Vejamos apenas um dos aspectos da solução sapiencial para tal caso: o uso do teatro para fazer penetrar nas mentes juvenis os princípios eternos que os devem guiar vida afora.
Em Vitória, como nas demais casas dos Arautos, o recurso ao teatro é muito usado. Como o é também em eventos públicos para os quais os Arautos são solicitados.
A razão é… atualíssima: foi a que utilizou Jesus nas suas pregações. Ao ser perguntado: “Mestre, o que é o Reino dos Céus?” Jesus não respondia com longas digressões teológicas, mas com parábolas fáceis de guardar: ora assemelhava o Reino dos Céus a uma moeda perdida, a uma semente ou a um tesouro escondido.
Após a apresentação de uma pequena peça (ou “scketch”), ouvi de um dos pais presentes: “Numa encenação de 5 minutos, vocês conseguiram passar uma mensagem que, se fosse explicar em palavras, levaria a tarde inteira”. E tinha toda razão.
As explanações entremeadas de encenações teatrais, música, vídeos esclarecedores, debates (tão vivazes quanto amistosos…) e muitos outros recursos ao inopinado ou inesperado, marcam profundamente as jovens mentes.
Esse é o “buraco de fechadura” para podermos despertar em suas almas os valores que compartilharão depois em seus círculos de relações familiares, escolares, esportivas, etc.
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