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A Ressurreição: a Festa de nossa Esperança

Semana Santa! São muitas as considerações a que somos especialmente convidados e maternalmente admoestados pela Igreja a realizar: Nosso Senhor Jesus Cristo sofrendo a Paixão e, por fim, ressuscitando gloriosamente ao terceiro dia, para a nossa salvação.

Diante de tal mistério salvífico, queremos propor ao caríssimo leitor – que nos honra em nos acompanhar – não simplesmente a leitura deste curto artigo, mas, sim, um fraterno convite à meditação, um partilhar consigo das palavras que – bem podemos imaginar – serão ditas por Nosso Senhor a cada um de nós, se tomarmos como ponto de partida as nossas imperfeições. Estas palavras constituem uma divina lamentação do Homem-Deus, carregadas de misericórdia sim, mas também de severa cobrança e justiça, sendo dirigidas a todos os homens e procurando nos guiar na integridade de Seu seguimento.

Dai um momento de vosso precioso tempo e meditai em seu coração, pausadamente, a respeito desta antiga inscrição da Catedral de Lübbech (Alemanha):

Tu me chamas:

Mestre, e não Me obedeces;

Luz, e não Me vês:

Caminho, e não Me desejas;

Sábio, e não Me escutas;

Amável, e não Me amas;

Rico, e nada Me pedes;

Eterno, e não Me buscas;

Justo, e em Mim não confias;

Nobre, e não Me serves;

Senhor, e não Me adoras;

Se Eu te condenar;

Não Me culpes! ¹

Oh! Que felicidade, se tivermos trilhado em nossas vidas a adesão consequente de tudo quanto a nossa fé nos faz crer no Filho de Deus humanado. Bem ao contrário da condenação, iremos contemplar, conforme comenta Mons. João Clá Dias, EP,

“a vitória de Cristo não só sobre sua própria Morte, como também sobre a nossa. Ele é a Cabeça do Corpo Místico e, tendo ressuscitado, trará necessariamente a nossa respectiva ressurreição, pois esta nos é garantida pela presença d’Ele no Céu, apesar de estarmos, por ora, submetidos ao império da morte”. ²

E continua o Fundador dos Arautos:

“E é em vista desse futuro triunfo nosso [a salvação eterna] que desde já nos é feito o convite para abandonarmos os apegos a este mundo, sem olhar para trás, fixando nossa atenção nos absolutos celestes, conforme nos aconselha o Apóstolo com estas palavras […]: ‘Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com Ele, revestidos de glória’ (Col 3, 1-4). ”

Que esta Semana Santa e a Ressurreição sejam para você e para todos nós, a festa de esperança na vida eterna. Amém.

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¹ Apostolado do Oratório Maria Rainha dos Corações. Boletim Informativo n° 86, Janeiro/Fevereiro 2017, p. 16.

² Mons. João S. Clá Dias, EP. A vitória de Cristo sobre a morte. In: _____. O inédito sobre os Evangelhos. v. I, Coedição internacional de Città del Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, p. 267.

³ Idem, p. 269.

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