Doença incurável?
Costumamos aplicar a parábola do filho pródigo a pessoas e muito raramente à própria História. Haveria um paralelo entre o filho pródigo do Evangelho e a atual situação trágica da humanidade?
A liberdade e a razão são os dons mais preciosos recebidos do Pai.
E certo momento o homem resolveu utilizar esses dons separados de Deus, por assim dizer, fora da casa paterna. Num processo multissecular, primeiro rejeitou a autoridade da Igreja, em seguida a divindade de Cristo e, por fim, negou a própria existência de Deus.
Construiu um poderoso império: progrediu nas artes, nas letras, nas ciências, nas leis, nas comunicações… Parecia ter chegado a uma era de esperança, de alegria e de paz!
Entretanto…
As doenças parecem ter progredido mais que a medicina; no mundo financeiro um bilionário pode, em questão de minutos, transformar-se em mendigo; os bandidos andam soltos pelas ruas, enquanto o honesto fica atrás de grades em sua casa; a impiedade dita as leis; os homens nunca se comunicaram com tanta facilidade, mas filhos e pais, vivendo sob o mesmo teto, quase não conversam mais… A tecnologia tornou-se capaz de destruir a Terra incontáveis vezes.
Como o filho pródigo, a humanidade parece ter perdido a luz da razão ao julgar-se capaz de usá-la sem Deus. Dilapidou toda a “fortuna” de sua inteligência e liberdade. Não estaria agora a humanidade reduzida a alimentar-se das “bolotas dos porcos”?
Haverá alguma esperança?
O futuro nos reservará algo melhor? A bondade de Deus não nos autoriza a esperar um imenso perdão?
Em Fátima, a Virgem Maria predisse a atual situação, mas anunciou a vinda de um reino de paz e harmonia entre os homens e o Criador: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.
O Pai aguarda apenas o pedido de perdão e a emenda dos homens para dar-lhes o vestido precioso da razão que se inclina à Fé, e o anel, símbolo da liberdade verdadeira que se sujeita à vontade de Deus.
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[O leitor desejoso de aprofundar o tema, pode ler o artigo do Mons. João Clá, EP, “Entre o perdão e a perseverança, Deus prefere o quê?”, publicado na edição deste mês (setembro de 2013) na Revista Arautos do Evangelho. Também pode acessar em http://www.revistacatolica.com.br/ ]
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