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O início da vitória!

Nesta data tão especial, 08 de setembro, acompanhemos alguns comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o Natal de Nossa Senhora:

“Bendito o dia em que Nossa Senhora nasceu; benditas as estrelas que a viram pequenina; bendito o momento em que seus pais constataram o nascimento d’Aquela que, permanecendo sempre virgem, fora chamada a ser a Mãe do Salvador!

Por que se festeja o aniversário de alguém? A razão é muito simples: o aniversário de uma pessoa representa o momento em que esta entrou no cenário da vida, o momento em que a sociedade humana se enriqueceu com mais uma presença.

Cada nascimento constitui um favor, uma graça de Deus, porque todo homem — por mais que seja concebido em pecado original ou traga alguma deficiência de família — é uma criatura de grande valor. E essa criatura representa um enriquecimento altamente ponderável para a humanidade.

Concebida sem pecado e repleta de dons sobrenaturais e naturais

Nestas condições, a festa da Natividade de Nossa Senhora leva‑nos a perguntar qual o enriquecimento que Ela trouxe para a humanidade, e a que título especial o gênero humano deve festejar seu aniversário.

Colocando-nos nessa perspectiva, ficamos sem saber o que dizer… Pois Nossa Senhora foi concebida sem pecado original. Sendo Ela livre de qualquer mancha, um lírio de incomparável formosura, seu nascimento deve alegrar não só o gênero humano, mas também todos os coros angélicos!

Além disso, Nossa Senhora possuía todos os dons naturais que uma mulher possa ter. Nosso Senhor deu a Ela, segundo a ordem da natureza, uma personalidade riquíssima, preciosíssima, valiosíssima e, a esse título, a presença d’Ela entre os homens representava um tesouro de valor verdadeiramente incalculável.

Além disso, com sua presença entre os homens, ganhamos os tesouros de graças que A acompanhavam e que são as maiores graças concedidas por Deus a alguém, graças verdadeiramente incomensuráveis. Compreendemos, então, o que representa a entrada de Nossa Senhora no mundo.

O mais belo nascer do Sol é pálido em relação à beleza da entrada de Nossa Senhora no mundo; a mais solene entrada de um rei no seu reino nada é em comparação com isso.

A ação de Nossa Senhora nos períodos de provação

A Natividade de Nossa Senhora nos inspira também outro pensamento. O mundo estava prostrado no paganismo; os vícios imperavam; a idolatria dominava a Terra; o mal e o demônio venciam inteiramente. Mas, no momento decretado por Deus em sua misericórdia, tudo mudou! Nasceu Nossa Senhora, a raiz bendita da qual nasceria o Salvador da humanidade. Começava assim a derrocada do demônio.

Quantas vezes não se passa algo semelhante em nossa vida espiritual! Há ocasiões em que nossa alma está em luta, com problemas, contorcendo e revolvendo dificuldades… Sequer temos ideia de quando virá o dia bendito onde uma graça extraordinária, um grande favor acabará com nossos tormentos, proporcionando-nos um amplo progresso na vida espiritual. E, de repente, há um nascimento no sentido especial da palavra: Nossa Senhora aparece qual aurora em nossa vida espiritual.

Isso deve nos dar muita alegria e esperança, com a certeza de que Nossa Senhora nunca nos abandona. Nas ocasiões mais difíceis, Ela nos visita, resolve nossos problemas, cura nossas dores, dá‑nos a combatividade e a coragem necessárias para cumprirmos nosso dever até o fim, por mais árduo que seja.

Qual “aurora” do luar…

Para concluir, lembremo-nos da noite de Natal. Há séculos essa festa se repete, e nela temos a sensação de que uma bênção se renova, descendo do Céu sobre a Terra de maneira mais intensa. E, de algum modo, renova também as energias espirituais de todos os homens.

Nosso Senhor é o Sol que nasce para a humanidade, e seu Natal nos faz lembrar a aurora.

Assim sendo, sua Mãe Santíssima pode bem ser comparada à Lua. O nascer da Lua não tem a glória do nascer do Sol, mas quanto tem de análogo! Como ele é benfazejo, como ele alegra, como ele estimula, como ele consola! O que pedir nesse dia?

Sendo filhos de Nossa Senhora — não por méritos, mas por vontade de Deus —, ao festejar seu nascimento podemos pedir a Ela uma graça especial. Peçamos, então, que a Santíssima Virgem estabeleça com cada um de nós uma aliança especial, um vínculo de filiação todo especial em nosso relacionamento com Ela, de maneira a tomar-nos, sob seu amparo, de modo todo particular, como verdadeiros filhos Dela.

Extraído de Conferência do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, de 8 de setembro de 1963.

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Maria vence, Maria reina, Maria impera!

Coroação de Maria – Foto: Francisco Lecaros

 

Mons. João Clá Dias

  • Como será o Reino de Maria?

Seria enganoso pensar que os eleitos, ao partirem para o Céu, dão por encerrada sua missão na terra. Pelo contrário, a verdadeira atuação dos que se salvam inicia-se uma vez transposto o limiar da eternidade. É o que Dr. Plinio Corrêa de Oliveira denominava de post história de uma alma, ainda mais substanciosa e eficaz que sua existência terrena, embora esta possa ter sido retumbante e cheia de brilho.

À vista disso, caberia nos perguntarmos: como se verifica a materna intervenção de Nossa Senhora nos acontecimentos, após sua Assunção à morada celeste?

Para o Autor, a post história da Santíssima Virgem se divide em três grandes fases: o dilúculo, a aurora e o esplendor meridiano. A era do dilúculo transcorreu dos albores da Igreja primitiva até o zênite da Idade Média. A aurora teve início com o eclodir da Revolução, [1] nefasto processo de deterioração da Civilização Cristã que desemboca nos dias atuais, marcados pelo caos, pelo ateísmo e pela extravagância. E o esplendor meridiano começará com o triunfo do Coração Imaculado de Maria, antecedido, como tudo indica, por um castigo de proporções apocalípticas.

Cabe aqui tratar sobre a última dessas etapas, ou seja, a do reinado de Jesus Cristo por meio de sua Mãe.

  • Glorioso porvir, superior a qualquer imaginação

Para o Autor, resulta impossível transmitir o que lhe vai na alma a respeito do porvir glorioso reservado à Santa Igreja durante o Reino da Virgem Celestial. Faltam-lhe palavras para descrevê-la renovada e esfuziante de graça pela ação do Divino Espírito Santo, o qual agirá em favor dela em Maria, com Maria e por Maria.

Um trecho da profecia de Baruc oferece uma pálida ideia sobre as intuições que enchem de entusiasmo seu coração: “Tira, Jerusalém, a veste de luto e de miséria; reveste, para sempre, os adornos da glória divina. Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus, e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno. Deus vai mostrar à terra, e sob todos os céus, teu esplendor. Eis o nome que te é dado por Deus, para todo o sempre: Paz da justiça e Esplendor do temor de Deus!” (5, 1-4).

Contudo, o plano do Altíssimo surpreenderá inclusive os espíritos de maior descortino, pois Ele “pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos” (Ef 3, 20). Qualquer imaginação sobre o triunfo do Coração de Maria e do consequente enaltecimento da Igreja não passa de simples rascunho se comparada às maravilhas que o Senhor dos Exércitos operará a fim de glorificar sua Filha predileta, sua Mãe virginal, sua Esposa imaculada.

  • Anseios que antecipam a intervenção divina

Essa sublime realidade não exclui, entretanto, outra ainda mais bela, apontada por Dr. Plinio: “À medida que os justos vão gerando a ideia de como será o Reino de Maria, ele se aproxima de nós”.[2] É próprio ao profetismo não apenas prever e anunciar, mas de alguma forma antecipar e já antegozar os fatos percebidos à distância.

Elías avista a nuvenzinha – Catedral de Autun (França) – Foto: Sergio Hollmann

Ao receber a notícia de que uma pequena nuvem, com a aparência de um punho, se levantava no horizonte, Elias divisou a chuva torrencial que cairia sobre Israel e faria reverdecer o solo tornado estéril pela implacável seca com que Deus castigara por três anos os pecados do povo. Imediatamente mandou dizer ao Rei Acab que se apressasse em retornar a seu palácio, a fim de que a chuva não o detivesse pelo caminho (cf. I Rs 18, 41-46).

Ora, para além do fenômeno físico, o profeta ígneo discerniu na nuvenzinha uma pré-figura da Virgem que traria à terra outro dilúvio, não de água mas de graça: a própria Fonte Divina da graça, que redimiria o gênero humano tornado estéril pela desobediência de nossos primeiros pais. E narra a Bem-Aventurada Ana Catarina Emmerich[3] que, escolhendo três de seus discípulos, Elias os enviou como mensageiros aos pagãos do norte e do sul, mesmo ao longínquo Egito, para anunciar-lhes que se preparassem, pois estava por chegar uma Virgem da qual nasceria o Salvador dos homens.

Esse episódio mostra que, quando certas almas são levadas pelo sopro da graça a voar no firmamento da futura exaltação de Nossa Senhora, elas devem deixar-se conduzir sem receios. Embora fiquem sempre aquém da realidade, seu anseio enlevado de ver vingada a honra da Mãe de Deus apressa a manifestação da justiça e da misericórdia divinas.

Em consequência, o Autor deseja tecer algumas considerações a respeito do porvir, baseadas nos proféticos comentários de seu mestre espiritual, Plinio Corrêa de Oliveira, para, assim, incentivar as inspirações da graça que falam no interior das almas no sentido de esperar com confiança a intervenção divina nos acontecimentos, determinando o fim do domínio revolucionário e a instauração do reinado de Jesus por Maria.

  • “As almas respirarão Maria”

Na expectativa profética de Dr. Plinio, a era marial será uma época de transmissão de dádivas celestiais inéditas: “Eu espero que Nossa Senhora nos dê dons inimagináveis, superacrescidos, tão mais belos e tão mais admiráveis que os já conhecidos, que nós nem saibamos o que dizer”.[4] Ora, para se verificar tal comunicação de graças e desígnios, a humanidade deve seguir a mesma via trilhada por Maria Santíssima: a da Sagrada Escravidão.

No Reino da Virgem os homens participarão num grau altíssimo do amor que une o Divino Espírito Santo a Nossa Senhora. Segundo a expressão de São Luís Grignion de Montfort, “as almas respirarão Maria”,[5] ou seja, sentir-se-ão alvo do incomensurável e gratuito amor d’Ela e, em decorrência, A amarão com confiança, arrebatamento e carinho. Desse afeto inefável nascerá um discernimento dos espíritos mútuo, mediante o qual contemplarão umas nas outras o aspecto específico da Mãe de Deus que estão chamadas a refletir.

No entanto, isso só se realizará através de um vínculo de escravidão espiritual estreitíssimo com a Soberana do Universo, todo feito de enlevo, veneração e ternura, bem como de disposição radical para o serviço, a obediência e o holocausto. Desse modo, toda a sociedade será elevada a um novo patamar de vida sobrenatural, cumprindo em plenitude as palavras de São Paulo: “Aquele que está em Cristo é uma nova criatura” (II Cor 5, 17). No conjunto da Opinião Pública refulgirá a imagem e semelhança de Jesus, pela Mediação Universal de Maria.

Mons. João venera a imagem de Maria Auxiliadora da Casa Thabor, em junho de 2015 – Foto: Stephen Nami

  • Reino da clemência, da piedade e da doçura

Em função dessa perspectiva, como definir o Reino de Maria?

Será o reinado da clemência, da piedade e da doçura de Nossa Senhora, a era histórica na qual o espírito d’Ela estará presente em cada criatura e seu amor cobrirá, como uma névoa alva e discreta, toda a terra. Assim como nos dias atuais se inala em qualquer parte o hálito pestilento e imundo da Revolução, caracterizado pela revolta, pelo igualitarismo e pela sensualidade desbragada, durante o Reino de Maria se respirará o suave perfume da presença e das virtudes da Rainha Celestial, quer nas almas e nos ambientes, quer nos costumes e até nas civilizações.

O grande profeta e apóstolo de Maria, São Luís Grignion de Montfort,[6] explica que Nossa Senhora engendrará nas almas dos paladinos de seu reinado uma santidade tão superior, por se tratar de uma participação em suas próprias virtudes, que eles terão, na ordem da graça, a proporção dos cedros-do-líbano em relação aos arbustos se comparados aos Santos das épocas anteriores.

A esses eleitos Ela Se mostrará e Se entregará por inteiro, como jamais o fez. Haverá um momento em que cada um dos filhos e escravos d’Ela A verá como que transfigurada diante de si e experimentará as torrentes de amor e de misericórdia que emanam de seu Coração. Tudo ficará limpo, perdoado e restaurado. O Reino de Maria, realização máxima do Reino de Cristo, estará fundado nas almas.

  • Desvendar-se-á o Segredo de Maria

Tal auge de vitalidade sobrenatural fará da Igreja e da sociedade uma imagem do Corpo Glorioso de Cristo. Substancialmente será sempre o mesmo e único Corpo Místico, mas ele estará ornado de qualidades novas, as quais lhe conferirão uma luz intensíssima. De sua parte, os homens continuarão sujeitos às más tendências instiladas pelo pecado original; todavia, é de se esperar que, na maioria dos casos, estas permanecerão submissas à razão iluminada pela fé, como resultado de uma moção extraordinária da graça concedida pela misericórdia divina.

Para lograr esse grau de santificação e renovação de sua Esposa Mística, Nosso Senhor realizará em favor da humanidade algo análogo ao sucedido com os discípulos nos dias posteriores à Páscoa da Ressurreição: lhes abrirá o espírito, para que entendam as Escrituras (cf. Lc 24, 45). Desvendar-se-á então o Segredo de Maria,[7] que consiste numa verdade conhecida, mas não inteiramente compreendida e amada. Nesse sentido, Dr. Plinio afirma:

“Eu tenho a impressão, não posso ter a certeza, de que o Segredo de Maria será uma luz nova sobre uma verdade já manifestada, mas cuja interpretação saltará aos olhos particularmente nessa época da História. Tal verdade, contida na Revelação oficial, diria respeito à própria essência de Deus e, a partir dela, às relações de Deus com Nossa Senhora, com a Igreja e com todas as almas. Em consequência, o relacionamento dos homens com o Universo – no âmbito cultural, político, social e econômico – seria condicionado a fundo por esse dado novo, sobre o qual se incidiria uma luz especial”.[8]

O Segredo de Maria não se limitará, porém, à simples assimilação de uma verdade, embora ela seja necessária uma vez que não se ama aquilo que não se conhece. A clara noção a respeito de Nossa Senhora produzirá nos corações um efeito semelhante ao experimentado pelos discípulos de Emaús ao ouvirem os ensinamentos do Divino Mestre: “Não se nos abrasava o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24, 32).

Quadro do Imaculado Coração de Maria pertencente a Dr. Plinio Corrêa de Oliveira – Foto: Divulgação

Por uma ação da graça, essa cognição virá acompanhada de um acréscimo de amor, devoção e piedade para com Ela, que redundará, conforme indica Dr. Plinio, em “uma certa união de cogitações e de vias com Maria e, por Ela, com Jesus, que nós não entendemos agora como poderá ser. Trata-se de algo sublime e misterioso”.[9]

  • Dessas graças surgirá uma nova civilização

A plena revelação desse Segredo descerrará as mentes e os corações para dois aspectos específicos de Nossa Senhora. De um lado, se verificará um enorme aprofundamento na compreensão das relações d’Ela com as Três Pessoas Divinas, como mencionado acima. À luz desse convívio, o imbricamento entre as almas adquirirá tal teor que, como explica Dr. Plinio, “se estabeleceria uma espécie de paz e de tranquilidade entre os homens, dando lugar a uma nova civilização”.[10] E, de modo especial, “se inauguraria um relacionamento com os Corações de Jesus e de Maria, marcado por uma nota de intimidade que antes não havia”.[11]

Por outro lado, em virtude de um desenvolvimento teológico favorecido por graças insignes e, quiçá, por dons místicos, ficará patente a Mediação Universal de Nossa Senhora e seu papel na salvação dos homens, pondo em relevo a superexcelência da santidade d’Ela. Como corolário, far-se-á luz sobre o enigmático processo revolucionário e os falsos profetas que o sustentam, os quais envolveram em trevas a própria Igreja.

Ressalta ainda Dr. Plinio que “essa nova compreensão abriria para os homens uma tal amplitude de graças, daria um caráter tão filial e, ao mesmo tempo, tão humilde ao vínculo com Ela, que elevaria o nível da piedade dos fiéis e, a fortiori, do clero a uma altura só vagamente pressentida pelos séculos anteriores. Assim, chegado o momento da revelação do Segredo de Maria, nossas esperanças de santidade se multiplicarão por um milhão!”[12]

Nossa Senhora do Bom Sucesso – Arautos do Evangelho

Em decorrência, o bem será exaltado como nunca, e o mal execrado até as últimas consequências. À medida que essa era abençoada progrida e se acerque de seu apogeu, estarão assentadas as bases para que a honra devida ao Criador seja dada por completo e, assim, se ponha um glorioso termo à História. ◊

Notas

[1] Pode causar perplexidade o fato de se qualificar de aurora um período que se distingue pela sistemática demolição dos valores cristãos e pela decadência da própria Igreja, ferida pelos pecados de seus filhos. Entretanto, em meio às batalhas da Esposa do Cordeiro contra a Revolução gnóstica e igualitária, despontaram varões e damas cuja virtude continha uma força e um esplendor característicos e prenunciativos de uma fase histórica de requintada santidade. São Luís Maria Grignion de Montfort, por exemplo, é um Santo que transcende em muito sua época, plenamente digno da era marial por ele mesmo anunciada.

[2] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 19 dez. 1981.

[3] Cf. BEATA ANA CATARINA EMMERICH. Visiones y revelaciones completas. Madrid: Ciudadela Libros, 2012, v.II, p.316.

[4] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conversa. São Paulo, 6 jan. 1981.

[5] SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Traité de la vraie dévotion à la Sainte Vierge, n.217.

[6] Cf. Idem, n.47.

[7] Em seus escritos, o São Luís Grignion se refere à escravidão de amor a Maria por ele preconizada como um segredo revelado pelo Altíssimo de uma via segura para a santidade. Mais do que em práticas piedosas, esse segredo consiste em fazer todas as coisas com Maria, em Maria, por Maria e para Maria (cf. SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Le secret de Marie, n.1; 28).

[8] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 28 jul. 1980.

[9] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 30 ago. 1986.

[10] Idem, ibidem.

[11] Idem, ibidem.

[12] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conversa. São Paulo, 28 abr. 1987

 

Mons. João S. Clá Dias, EP; Revista Arautos do Evangelho, Ano XIX, nº 224,  Agosto de 2020)

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 A GLÓRIA EXCELSA DE MARIA SANTÍSSIMA

Plinio Corrêa de Oliveira

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu, houve uma alegria em toda a natureza, e esta se revestiu de um novo esplendor: os astros brilharam com mais intensidade, o ar tornou-se mais puro, as águas das fontes ficaram mais cristalinas, as plantas tomaram maior viço, os animais se alegraram e se tornaram mais saudáveis; os homens bons adquiriram mais esperança.

Por quê? Porque vinha ao mundo Aquele que, sendo o próprio Deus, ligara a Si todo esse conjunto por meio da natureza humana.

Ao olharmos a menor das pedras, a menor das plantas, o menor dos animais ou o menor dos homens, devemos pensar nisto: a natureza deles está, de algum modo, presente em Nosso Senhor Jesus Cristo e, assim, ligada a Deus, participando de sua glória no mais alto do Céu, no oceano de esplendor de santidade da Trindade Beatíssima.

UM ABISMO PREENCHIDO PELA SANTÍSSIMA VIRGEM

Contudo, o espírito humano, sequioso de ordem e de razoabilidade em todas as coisas, busca um ser que preencha o abismo infinito ainda existente entre Nosso Senhor Jesus Cristo e a mera criação: um ser tão próximo do Homem-Deus, que estivesse acima dos Anjos; mas que, sendo pura criatura humana, englobasse também todas as demais naturezas.

Esse ser é precisamente Nossa Senhora. Ela foi colocada numa altura insondável, e numa plenitude de glória, de perfeição e de santidade inimagináveis. Acima d’Ela está somente a humanidade de seu Divino Filho e a Santíssima Trindade.

Por um mistério também insondável, Maria Santíssima gerou virginalmente Nosso Senhor Jesus Cristo, permanecendo virgem antes, durante e depois do parto por ação do Espírito Santo, de quem Se tornou, assim, verdadeira Esposa.

A dignidade de ser Mãe do Verbo Encarnado, Esposa do Espírito Santo e Filha dileta do Padre Eterno A coloca, embora sendo uma criatura puramente humana, acima dos Anjos. Nossa Senhora é o grampo de ouro que liga a criação a Nosso Senhor Jesus Cristo. Posta no alto do universo, Ela contém em Si toda a beleza das meras criaturas.

(Trecho do artigo “A glória excelsa de Maria”, de autoria de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, transcrito na revista “Arautos do Evangelho”, nº 205, p. 26-27. Para acessar a revista Arautos do Evangelho do corrente mês clique aqui )

Ilustrações: Arautos do Evangelho, evagelhoplus-div, pixabay

 

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Mesmo com base nos Evangelhos as respostas podem ser desencontradas: para uns Jesus era apenas “o filho do carpinteiro”, para outros era o Messias tão esperado, o Filho de Deus.

O artigo do Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho condensado a seguir pode esclarecer o assunto. Read More