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Para ser feliz em 2014

Só aos poucos a criança se dá conta que a realidade não é só o pequeno mundo que a cerca. Vai aos poucos abrindo os horizontes: existe o país, o mundo, o universo.

Esse fenômeno é mero reflexo de algo muito mais amplo existente nos âmbitos intelectual e espiritual: Um autêntico filósofo jamais julgará saber tudo. A cada questão resolvida,verá surgirem outras.

E o que dizer, então, dos teólogos? O que pode pretender o homem a respeito do conhecimento de Deus, Ser eterno, infinito, onipresente, onipotente? Aí, sim, constata ele que quanto mais descobre, mais há por descobrir. Compreende sua contingência e a impossibilidade de conhecer a Deus totalmente.

Pode-se dizer o mesmo inclusive de Nossa Senhora, Mãe de Deus, mas criatura humana. Portanto, limitada. De um lado é Ela quem mais conhece a Deus; e, de outro, quem mais tem consciência de ser Ele inabarcável.

Essas verdades contêm uma lição para o ano de 2014?

O homem moderno depositou suas esperanças na ciência. Esta fez progressos espantosos, entretanto, sem solucionar os problemas de fundo da humanidade. Compreende-se: ao mundo científico compete apenas explicar os fenômenos físicos e psicológicos, não indicar o sentido profundo de nossa existência. As causas finais extrapolam o seu âmbito, devem ser procuradas na Religião.

Universidade de Oxford – Fundada pela Igreja

E tempo houve em que, no seu conjunto, os homens buscavam a Deus, resultando daí a Civilização Cristã medieval que até hoje nos causa admiração. Nessa época, a filosofia do Evangelho governava os povos; na vida enfocada na glorificação do Criador, tudo tomava sentido: surgiram as catedrais góticas, nasceram
as universidades, prosperaram as corporações de ofício e até a ciência.

Após a Renascença, o homem voltou-se cada vez mais para si, chegando à rejeição de Deus e de suas leis. Como resultado, temos a situação espiritual crítica de hoje. Nunca foram tão colossais os progressos técnicos, e nunca tão profundos os problemas de alma.

Costuma-se na passagem de ano augurar “feliz Ano Novo” aos entes queridos. Um desejo que, na maioria dos casos, se restringe à prosperidade material e à paz entre os homens. Só… E a paz com Deus? Quem sabe se não seria melhor almejar a todos uma renovada busca de Deus em sua vida? Não seria isso desejar-lhes a verdadeira felicidade?

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