SÃO PIO DE PIETRELCINA
Quando Pe. Pio cantou sua primeira Missa solene, seu antigo professor, o Pe. Agostinho, fazendo a homilia, dirigiu ao neo-sacerdote estas palavras que se revelaram proféticas: “Não tens muita saúde,não podes ser um pregador. Desejo-te,pois, que sejas um grande confessor”.
Décadas mais tarde, alguém lhe perguntou qual missão havia ele recebido de Nosso Senhor Jesus Cristo, e o santo capuchinho respondeu com simplicidade: “Eu? Eu sou confessor”.
Os prodigiosos dons místicos que recebera, não eram senão um meio disposto pela Providência a fim de atrair as almas para se purificarem de seus pecados no sacramento da Reconciliação. Passava até 15 horas por dia no confessionário.
A seus pés vinham ajoelhar-se pessoas de todas as idades e condições sociais, inclusive bispos e sacerdotes, em busca de absolvição, conselho e paz de alma. As filas de confissão eram enormes, a ponto de tornar necessária a distribuição de senhas numeradas para ordenar o atendimento.
Certa vez chegou uma jovem de Florença, muito atribulada, pois um familiar próximo tivera a desgraça de cometer suicídio, jogando-se no Rio Arno. Já havia ouvido falar do Pe Pio, e depois da Missa dirigiu-se à sacristia para falar com ele.
Apenas este viu a moça, inteiramente desconhecida dele, disse-lhe com doçura:
— Da ponte ao rio demora alguns segundos…
A jovem entendeu: o suicida se arrependera da ofensa que, assim, fazia a Deus. Surpresa e chorando, só pôde responder:
— Obrigada, padre.
Fatos maravilhosos como esse se repetiam todos os dias. Chegavam incrédulos que saíam arrependidos de sua falta de Fé. Pessoas tomadas de desespero recuperavam a confiança e a paz de alma. Enfermos retornavam curados a seus lares.
Certo dia, um comerciante pediu-lhe a cura de uma filha muito enferma e recebeu esta resposta:— Tu estás muito mais doente que tua filha. Vejo-te morto. Como podes sentir-te bem com tantos pecados na consciência? Estou vendo pelo menos trinta e dois…
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Surpreso, o homem correspondeu prontamente à graça recebida: ajoelhou-se para se confessar. Quando terminou, disse para quantos quisessem ouvi-lo: “Ele sabia tudo e me disse tudo!”
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Em outra oportunidade, um advogado de Gênova, ateu militante, decidiu ir a San Giovanni Rotondo para “desmascarar aquela fraude de frades”. Mal entrou na sacristia junto com os peregrinos, o Pe. Pio, que nunca o havia visto antes, interpelou-o, denunciando suas más intenções. Em seguida, sem mais palavras, apontou-lhe o confessionário.
Ante a estupefação geral, o advogado ajoelhou-se, abriu seu coração e, com a ajuda do Santo, examinou toda a sua vida passada, de pecados e de luta contra a Santa Igreja. Ao levantar-se, era outro homem. Permaneceu três dias no convento, degustando a inocência readquirida, antes de regressar à sua cidade natal.
A notícia dessa conversão foi objeto de manchetes nos órgãos de imprensa. Pouco depois ele retornou a San Giovanni para receber do Pe. Pio o escapulário da Ordem Terceira Franciscana.
No Céu, os Santos continuam a fazer o mesmo bem pelo qual se destacaram nesta terra. São Pio de Pietrelcina, portanto, está especialmente à disposição daqueles que precisam de ajuda para examinar sua consciência e fazer uma boa confissão.
Ou seja, de todos nós sem exceção alguma.
Então, por que não lhe pedir com insistência, essa valiosa ajuda?
As enfermidades de Pe. Pio deixaram desconcertados todos os médicos que dele trataram. Com menos de 30 anos, foi examinado por um especialista em doenças pulmonares o qual prognosticou poucas semanas de vida… e ele viveu ainda mais de meio século. Seus estigmas sangraram diariamente por mais de cinquenta anos, sem cicatrizar nem causar qualquer infecção.
Em 25 de abril de 1959 os médicos lhe diagnosticaram broncopneumonia complicada com pleurisia, o que o obrigou a um repouso absoluto.Ele sofria com isto, por ver-se privado de exercer seu ministério para o bem das almas.
Nesse mesmo dia, chegou à Itália a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Em San Giovanni Rotondo, ela foi recebida pelo Arcebispo e todo o clero da região, junto com uma multidão de fiéis.
O Pe. Pio lhes havia dito: “Abramos nossos corações à confiança e à esperança. Nossa Senhora vem com as mãos cheias de graças e bênçãos.Devemos amar nossa Mãe celestial com perseverança,e Ela não nos abandonará na dor quando partir daqui”.
Movendo-se em cadeira de rodas, o Santo tinha podido oscular os pés da imagem sagrada e colocar um Rosário entre suas mãos. Naquela tarde, ela partiu de helicóptero do terraço do hospital, com destino à Sicília, dando três voltas em torno do convento, para uma última bênção à multidão reunida na praça.
Postado numa janela, o Pe. Pio olhava tudo e, não podendo conter-se, exclamou:
— Senhora! Minha Mãe, estou enfermo desde o dia de vossa chegada à Itália… Vós partis agora e me deixais assim!?
No mesmo instante sentiu um “calafrio nos ossos” e disse a seus irmãos presentes:
— Estou curado!
E estava mesmo. No dia 10 de agosto pôde celebrar Missa novamente, e declarou: “Estou são e forte como nunca antes em minha vida”.
(Adaptado do artigo do mesmo título, de autoria de Tito Alarcón, na revista “Arautos do Evangelho”, nº 33, setembro de 2004, p. 20-23. Para acessar o exemplar do corrente mês clique aqui )
Ilustrações: Arautos do Evangelho, Gaudium Press
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