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PARTINDO DO CORAÇÃO

pe-cristian-v-aeA celebração do Primeiro Sábado deste mês em Vitória foi ocasião de vários e estimulantes acontecimentos. Acompanhe-nos num rápido relato e verá que temos razão.

Quando a Irmã Lúcia — a pastorinha de Fátima —  já estava no convento das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe tendo a seu lado o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa e disse-lhe:

“Olha, minha filha o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:

– se confessarem,

– receberem a Sagrada Comunhão,

– rezarem um terço e

– me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar

– Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação de suas almas.

 NA GRANDE VITÓRIA

 cortejo-v-aeAtendendo a este pedido de Nossa Senhora, no primeiro sábado de cada mês, os Arautos do Evangelho promovem em inúmeras cidades do Brasil — e do mundo — esta devoção do Primeiro Sábado. Neste mês a Eucaristia foi concelebrada pelo Padre Cristian Bitencourt  e pelo Vigário da Paróquia do Bom Pastor, Padre Marcelo Luiz Basoni, num ambiente de muito fervor e piedade.

COROAÇÃO E ENVIO À MISSÃO

Após a Missa, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi solenemente coroada, relembrando o fato de ser Maria Santíssima a Rainha dos Corações. Estavam presentes aspirantes a Arautos do Evangelho, participantes do Projeto Futuro e Vida, bem como do Apostolado do Oratório, Cooperadores e simpatizantes, além de numeroso público.

envio-v-aeO Vigário Paroquial Padre Marcelo Luiz Basoni finalizou o ato com a cerimônia do Envio dos missionários da Paróquia, abençoando e enviando-os como o Divino Salvador fez com os discípulos, ordenando-lhes levarem o Evangelho a todos os povos.

Por feliz coincidência neste dia a Igreja celebra a Patrona das Missões, Santa Teresinha do Menino Jesus.

POR QUE SANTA TERESINHA É A PADROEIRA DAS MISSÕES?

São dois os padroeiros das Missões: São Francisco Xavier, o grande apóstolo da Índia, Japão bem como outros pontos do Oriente; e Santa Teresinha do Menino Jesus, carmelita em Lisieux, França.

Alguém poderia fazer a seguinte observação: compreende-se que São Francisco Xavier seja o Patrono das Missões, pois saindo da Espanha foi ao outro lado do mundo, convertendo uma multidão de pagãos à Santa Igreja; mas por que Santa Teresinha que nunca saiu da clausura do Carmelo onde viveu, morrendo com apenas 24 anos?

Santa Teresinha do Menino Jesus - Fotografia tirada pela sua irmã Celina

Santa Teresinha do Menino Jesus – Fotografia tirada pela sua irmã Celina

A Igreja em sua divina sabedoria quis deixar claro — e bem claro! — que apostolado, Missão, não é só viajar ou pregar. Participam das Missões aqueles que, ignorados por todos, rezam e oferecem os sacrifícios do dia a dia para que Deus dê ânimo, zelo, acerto nas palavras e, sobretudo a prática e o bom exemplo das virtudes aos missionários que estão em atividades apostólicas.

Santa Teresinha, no silêncio sacral do Carmelo, oferecia as orações e sacrifícios comuns, da vida de todos os dias pelas Missões, bem como por todas atividades da Santa Igreja. O dito de um Bispo da Cochinchina deixa bem claro a importância do que fazia a Santa, bem como de todos os que, estando longe de terras de Missão, nem por isso deixam delas participar:

“Dez Carmelitas orando auxiliar‑me‑ão muito mais do que vinte missionários pregando”. (1)

“MAS EU NÃO SOU CARMELITA, NÃO VIVO NUM CONVENTO…”

Alguém, na rotina absorvente de todos os dias poderia assim pensar: “mas eu não sou Carmelita, não vivo num convento, como vou poder ajudar nas Missões e mesmo do apostolado em minha Paróquia?”

Não é nada difícil fazer isso. Quanto tempo desperdiçamos em bagatelas que não nos servem em nada para a vida eterna? Por exemplo, por que não aproveitar o percurso na ida para o trabalho, para a faculdade ou colégio e nele rezar o Rosário? Afinal, muitas vezes, o “panorama” do percurso é aquele mesmo que vemos a anos… Este tempo de olhar estéril para coisas já tão conhecidas, por que não aproveitarmos para fazer a nossa parte no apostolado, rezando?

Vale a pena aqui lembrarmo-nos que o tempo é dado por Deus e que dele vamos prestar contas pelo bom ou mau aproveitamento que fizermos. O minuto que passou não mais voltará… Aproveitemos para as coisas de Deus os minutos que se seguirem ao terminar de lermos esta postagem. Peçamos a Ele o que precisamos, peçamos pelas Missões paroquiais, e o façamos como a um Amigo, numa oração que saia do fundo do coração. Ele a receberá no fundo de seu Coração.

mao-com-terco-ae

(1) D. J.B. Chautard, “A alma de todo apostolado”, Edição em português da Abadia de Sept-Fons, França, 1920, p.19. Há edições em português de publicação mais recente, como a da FTD, São Paulo.

Ilustrações: Arautos do Evangelho