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A VITÓRIA VIRÁ!

fundo-azul-luminoso-aeNeste ano de 2017 completam-se 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Em sua mensagem ao mundo, Nossa Senhora promete uma era de virtude e paz, bem o oposto do que podemos constatar em nossos dias. Por que a demora em vermos mudar completamente o clima de guerras, violência, crimes e pecados que nos cerca? É o que responde o Mons. João Clá Dias, Fundador e Superior Geral dos Arautos do Evangelho no artigo a seguir.

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NO SÉCULO DO ATEÍSMO, O ANÚNCIO DO REINO DE MARIA

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EPmons-ae

Em Fátima, Nossa Senhora não se dirigiu apenas à geração do início do século XX, mas sobretudo às que viriam depois. No meio das apreensões e tragédias do início deste terceiro milênio, as palavras proféticas da Mãe de Deus tornaram-se mais claras, evidentes e reais. Parecem ditas para nossos dias, para cada um de nós, para ti…

O que veio a Santíssima Virgem anunciar à humanidade pecadora? O que veio implorar?

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Deus faz preceder as usas grandes intervenções na história por numerosos e variados sinais. Com frequência, Ele se serve de homens de virtude insigne para transmitir aos povos as suas advertências, ou predizer acontecimentos futuros.

Desse modo procedeu o Padre Eterno em relação ao advento do Messias, seu Filho Unigênito. A magnitude de tal fato, em torno do qual gira a história dos homens, exigia uma longa e cuidadosa preparação. Assim foi ele prenunciado durante muitos séculos pelos Profetas do Antigo Testamento, de tal forma que, por ocasião do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tudo estava maduro para Sua vinda ao mundo. Até entre os pagão, muitos espertavam algo que solucionasse a crise moral na qual os homens de então estavam imersos.

Quase se poderia afirmar com segurança que, quanto mais importante é o acontecimento previsto, tanto maior é a grandeza dos sinais que o precedem, a autoridade dos que o anunciam, e o tempo da espera.

É fácil, à luz desta regra, avaliar a importância das previsões de Fátima, pois quem no-las anuncia não é um Anjo, nem um grande santo, mas a própria Mãe de Deus.

Segunda Guerra Mundial - destruição

Segunda Guerra Mundial – destruição

Já na época das aparições de Fátima, nos primeiros anos do século passado, os acontecimentos mundiais faziam entrever o que seria a triste história contemporânea. De um lado, um progresso material quase ilimitado, a par de uma decadência de costumes como nunca antes se vira. De outro lado, guerras e convulsões sociais de proporções apocalípticas. A Primeira Guerra Mundial foi um exemplo dessa realidade, largamente superada pela Segunda Guerra Mundial e por tudo que se lhe seguiu.

Como Mãe solícita e afetuosa, quis Maria Santíssima evitar todos esses males aos seus filhos. Por isso, desceu do Céu a fim de alertar a humanidade para os riscos que corria se continuasse nas vias tortuosas do pecado. Veio, ao mesmo tempo, indicar os meios de salvação: a recitação do Rosário, a prática dos Cinco Primeiros sábados e a devoção ao imaculado Coração de Maria.

No entanto, há algo mais, de importância primordial, que motivou a Mãe de Deus a transmitir a sua mensagem aos três pastorinhos. É o anuncio de sua vitória sobre o império do mal, ou seja, o Reino de Maria, previsto por São Luís Maria Grignion de Montfort e por vários outros santos.

Neste início de século XXI, que se afunda nos pecados mais abomináveis, a celestial promessa de Nossa Senhora deve-nos alentar e dar esperança.

Para que nossos olhos possam contemplar maravilhados o meio-dia desse sol — o triunfo do Imaculado Coração de Maria — cuja aurora despontou em Fátima a 13 de Maio de 1917, a Virgem, Maria indicou-nos 0 caminho: “Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz”.

TRIUNFO SEM CONDIÇÕES

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Depara-se-nos uma dificuldade, no entanto. Os pedidos de nossa Senhora não foram atendidos: os homens continuam a pecar em progressão cada vez mais assustadora. Que razões temos para crer que Nossa Senhora  dará cumprimento à sua promessa?

As suas próprias palavras. Pois a Santíssima Virgem só põe condições para evitar os castigos, não porém, para fazer triunfar o seu Coração Imaculado. Quanto a isto, o texto da mensagem não deixa dúvidas. Após o anuncio de uma sucessão de calamidades que adviriam para a humanidade caso esta não se convertesse, Nossa Senhora conclui categoricamente, sem antepor condição alguma: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Como se chegará a essa vitória final sobre o pecado, não o sabemos, nem parece tê-lo revelado a Mãe de Deus. Apenas é certo que todos quantos atenderem aos seus pedidos se salvarão e muito possivelmente serão chamados a participar do magnífico triunfo da Rainha do Universo.

É para esses acontecimentos gloriosos, anunciados por Nossa Senhora, que convidamos a voltar o olhar, caro internauta. E que as palavras cheias de doçura da Virgem Clementíssima penetrem como bálsamo de esperança em sua alma, de modo a poder dizer com o salmista:

“Levantei os meus olhos para Ti, que habitas nos céus. Assim como os olhos dos servos estão fixos nas mãos dos seus senhores, e como os olhos da escrava nas mãos de sua senhora, assim os nossos olhos estão fixos no Senhor nosso Deus, até que tenha misericórdia de nós.” (Sl 122, 1-2)

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(In “Fátima – O meu Imaculado Coração triunfará!”, ACNSF, São Paulo, 2016, edição comemorativa do Centenário de Fátima)

 

Ilustrações: Arautos do Evangelho, Wiki