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Frase: Na pureza… o estado de vida mais feliz que o homem possa ter neste mundo

“Na pureza… o estado de vida mais feliz que o homem possa ter neste mundo”

Prof. Plinio Corrêa de Oliveira¹

A felicidade… Quanto os homens a procuram neste vale de lágrimas! Este anseio faz parte da nossa natureza, ainda que concebida no pecado original, pois é para este estado que Deus nos criou e nos convida.

E como ser feliz?

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Os Benefícios do Jejum

     Sabiamente celebrados pela Santa Igreja, os tempos litúrgicos são de inestimável riqueza. Dessa forma, a doutrina católica explica que são mais benéficas às almas as cerimônias litúrgicas nas quais participam, do que até mesmo os documentos pontifícios.

     Ora, com o fim de cumprir com o preceito divino da penitência, é na quaresma que a Igreja, com mais insistência, recomenda a prática do jejum.

     Na atualidade, muitos são os que a consideram antiquada e incômoda. Contudo, o próprio Nosso Senhor jejuou quarenta dias antes de iniciar sua vida pública (Mt 4,2) e recomendou-o aos seus discípulos na luta contra o demônio (Mt 17,20).

     Além das recomendações do próprio Homem-Deus, que já seriam suficientes, há ainda os benefícios próprios do jejum. Santo Agostinho afirma que o jejum purifica a alma, eleva o espírito, submete a carne ao espírito, torna o coração humilhado e contrito, dissipa as trevas da concupiscência, extingue os ardores do prazer e acende a luz da castidade.[1]

     Assim, o que nos pede a Igreja neste tempo penitencial, é que nos privemos de alguns bens corporais em prol de um princípio superior, visto que a natureza própria da penitência é a detestação do pecado por ser ofensa a Deus.[2] Por conseguinte, nos mostra doutor Plinio que “A verdadeira alegria da vida não consiste em ter prazeres, mas sim na sensação de limpeza da alma que temos quando olhamos o sofrimento de frente e dizemos ‘sim’ para ele.”[3]


[1] Cf. SANTO AGOSTINHO, in. MARÍN, Antonio Royo. Teologia Moral para Seglares. Moral fundamental y especial. Madrid: 2007. p. 396.

[2] Cf. Sacrosanctum Concilium n.109.

[3] CORREA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência. São Paulo, 14 de setembro de 1964.

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Pilares da vida religiosa: pobreza, castidade e obediência

No dia 13 de janeiro, iniciou-se mais um Curso de Férias dos Arautos do Evangelho! A abertura deu-se com uma solene Missa celebrada na basílica de Nossa Senhora do Rosário.

A cada semestre os Arautos do Evangelho elegem um tema que servirá para a formação de todos os participantes do encontro. Desta vez, o tema escolhido foi: “a vida religiosa”.

No primeiro dia, a abordagem foi sobre a pobreza religiosa. Foram apresentados vários teatros, entre eles a vida de São Martinho de Tours, a conversão do grande São Francisco de Assis e o episódio de Ananias e Safira com São Pedro, narrado nos Atos dos Apóstolos.

Já no segundo dia, foi a beleza da virtude angélica da castidade. Numa atrente palestra ministrada pelo Pe. Mauro Sérgio dos Arautos do Evangelho. Vimos que Deus quer perto de Si certos homens com um chamado especial, os quais ele chama à vida religiosa. Foram encenadas as histórias de São José, varão castíssimo; São Luís de Gonzaga, padroeiro da juventude; e de Balduíno IV, Rei de Jerusalém.

No terceiro dia, assistimos a um concerto na basílica de Nossa Senhora do Rosário, a fim de conhecermos mais um pouco desta arte tão bela que é a música. O coro e orquestra eram compostos por mais de 80 jovens músicos. Com a intenção de presentear todas as unidades dos Arautos que alí presentes, confeccionaram-se belíssimos estandartes com o símbolo do padroeiro de cada comunidade.

No quarto dia do Curso de Férias, tratou-se sobre a obedencia. Para tal, foi-nos encenada uma belíssima peça teatral retratando a criação e a prova dos anjos.

O quarto dia, entretanto, foi um pouco diferente. Depois de conhecerem bem a importância dos três pilares da vida religiosa, o expositor levantou um debate a propósito da obediência: deve-se obedecer em todas as hipóteses, ou não?

Rapidamente, o auditório se dividiu em vários partidos que, a todo custo, lutavam por sua “bandeira”. Foram constituídos grupos de estudo para solidificar seus argumentos em torno de um ponto em comum. Após este preparo, iniciou-se um debate. Todos puderam expor seus argumentos, utilizando de fontes como os Padres da Igreja, Catecismo da Igreja Católica, doutores e moralistas, bem como fatos da vida do fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João Clá.

Conclusão: quem obedece nunca erra, exceção feita de uma ordem que leve ao pecado.

Passados os cinco primeiros dias do encontro, já havíamos lucrado muitos ensinamentos. Foi-nos então apresentada, em forma de teatro, uma estória de cunho catequético, criada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, para explicar como é a prova que o homem deve passar aqui na Terra.

Nesse conto, um rei sofre a perda de sua esposa e de seu filho por causa de uma doença que os acometera. Certo dia, porém, enquanto ouvia o salmo responsorial da Santa Missa, recebeu um sinal da providência…Sua descendencia não acabaria!

Contudo, ele tinha ainda algumas dúvidas… E, enquanto caminhava para a residência do Cardeal, o povinho se acotovelava para ver o monarca. Em certo momento, ouve-se um brado de aclamação dado por um jovem detentor de grande veneração pelo rei. Essa voz fez-lhe lembrar o filho que perdera.

O rei perguta-lhe sua idade e o menino responde: “Quatorze anos, senhor meu rei”. E o rei diz: “Era a idade que meu filho teria se estivesse vivo”…

O Rei tem uma enorme afeição pelo jovem e, com a permissão do pai, convida-o para ser seu filho e herdeiro do trono! O pequeno Miguel de então tornara-se o “príncipe Miguel”. Aprende os costumes da corte, o manuseio das armas, as ciências matemáticas e naturais, as letras, etc.

Passados dois anos de convívio, o rei ficou apreensivo com o futuro de seu novo filho. Apesar de confiar em suas qualidades, restava ainda saber se o Príncipe Miquel possuía um amor verdadeiro pelo rei. Decidiu, então, pô-lo a prova com a intenção de examinar a pureza de intenção do futuro rei. O jovem se portou excelentemente bem, sem, todavia, resolver os almejos que o soberano levava em seu coração.

O rei manda chamar seu filho nos aposentos reais e inflige-lhe uma última e dura prova. Um oficial de alto posto fora preso pelo adversário. Para libertá-lo, precisariam fazer alguma tratativa com os inimigos. Por isso, o monarca ordena que o príncipe se ofereça como prisioneiro no lugar do graduado militar. O príncipe, com grande dor, aceita tudo e parte rumo a missão, mas, quando estava para cruzar o portão do palácio… O rei manda chamá-lo e recebe-o com todo afeto, pois ele havia passado a última prova com total perfeição.

Realiza-se, então, a cerimônia de coroação do principe.

Como aplicação deste último teatro, podemos concluir que Deus faz tudo conosco para nos provar e purificar aqui na terra, para depois gozarmos das alegrias no céu!

Para finalizar o congresso, realizou-se um jantar de despedida com cerca de 650 pessoas. Foi servida uma excelente pizza feita pelos próprios arautos e, no fim, depois do sorvete, uma lembrança foi dada a todos os participantes do curso.

Sem dúvida, essa viagem de férias foi ocasião de inúmeras graças para nossos jovens capixabas.