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Santa Missa na inauguração da nova sede dos Arautos do Evangelho

No dia 25 de setembro, foi inaugurada a nova sede dos Arautos do Evangelho, no bairro São Geraldo, Cariacica.

Dom Luiz Mancilha Vilela abençoou a residência com o cerimonial próprio para uma nova casa religiosa e em seguida presidiu a Celebração Eucarística que foi concelebrada por Dom Joaquim Wladimir, bispo auxiliar de Vitória, e Dom Jeremias Antônio de Jesus, bispo de Guanhães em Minas Gerais.

Na homilia Dom Luiz incentivou a comunidade dos Arautos com palavras cheias de afeto e zelo pastorais:

“[Pio XII] era um grande arauto do evangelho, ele pregava com muita sabedoria e muita intensidade, e ele dizia: ´Estão perdendo o sentido do pecado´. Ele tinha uma preocupação com perda do sentido do pecado. Nós devemos ter a consciência de que somos pecadores, pecadores perdoados, isto é, com aquela esperança firme, com a certeza do amor misericordioso de Deus.

“Deus escolheu esta casa, esta comunidade para ser um sinal de seu amor. Pessoas como as demais, porém, comprometidas com o Senhor, não comprometidas com o pecado. Pessoas que sabem das suas limitações e sentem um apelo profundo para uma consagração total ao Senhor. Essa deve ser sempre uma comunidade empenhada em viver o Evangelho de Jesus Cristo. Despojamento. Abertura de coração. Uma pessoa cheia de si mesma não abre espaço para Deus.

“Essa comunidade dos Arautos do Evangelho precisa ser um sinal de esperança, de fé, de caridade, um sinal de temor de Deus mas com alegria, sabendo que Ele nos dá felicidade, força, nos dá segurança e por isso nos dá paz e serenidade.

“Eu peço a Deus que vocês sejam fiéis. A Igreja precisa de grupos assim. De religiosos, de pessoas consagradas, para que nós sejamos fiéis também. O chamado é para toda a Igreja, para que ela seja santa, mas de dentro da Igreja Deus chama alguns e diz: vocês devem ser exemplos.

“Não há coisa pior do que uma vida religiosa não significando aquilo que deveria. Isso atrapalha a Igreja. A Igreja, povo de Deus, tem direito ao testemunho das pessoas consagradas. Portanto esta casa tem uma responsabilidade imensa. Vendo esta comunidade devem dizer: ´Veja como eles se amam, veja como eles têm fé, veja como eles são alegres no Senhor. O que faz com que eles sejam assim? Jesus, Nosso Senhor´.

“Que Nossa Senhora, a Mãe de ternura, vos proteja, derrame sobre vós muita força, Ela que é a Estrela da Esperança. Que Jesus seja aquele que realmente preside esta comunidade. Fé, Esperança e Caridade!

Terminada a Santa Missa, após todos terem-se saciado com o Banquete Eucarístico, foi oferecido um jantar onde fizemos com que o “irmão corpo” também acompanhasse, ainda que muito aquém, os prazeres e alegrias da alma.

Não se enganou quem, conduzido pelo olfato que indicava o perfume da lenha queimada, previu que seria servida uma saborosa pizza.

 

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Pilares da vida religiosa: pobreza, castidade e obediência

No dia 13 de janeiro, iniciou-se mais um Curso de Férias dos Arautos do Evangelho! A abertura deu-se com uma solene Missa celebrada na basílica de Nossa Senhora do Rosário.

A cada semestre os Arautos do Evangelho elegem um tema que servirá para a formação de todos os participantes do encontro. Desta vez, o tema escolhido foi: “a vida religiosa”.

No primeiro dia, a abordagem foi sobre a pobreza religiosa. Foram apresentados vários teatros, entre eles a vida de São Martinho de Tours, a conversão do grande São Francisco de Assis e o episódio de Ananias e Safira com São Pedro, narrado nos Atos dos Apóstolos.

Já no segundo dia, foi a beleza da virtude angélica da castidade. Numa atrente palestra ministrada pelo Pe. Mauro Sérgio dos Arautos do Evangelho. Vimos que Deus quer perto de Si certos homens com um chamado especial, os quais ele chama à vida religiosa. Foram encenadas as histórias de São José, varão castíssimo; São Luís de Gonzaga, padroeiro da juventude; e de Balduíno IV, Rei de Jerusalém.

No terceiro dia, assistimos a um concerto na basílica de Nossa Senhora do Rosário, a fim de conhecermos mais um pouco desta arte tão bela que é a música. O coro e orquestra eram compostos por mais de 80 jovens músicos. Com a intenção de presentear todas as unidades dos Arautos que alí presentes, confeccionaram-se belíssimos estandartes com o símbolo do padroeiro de cada comunidade.

No quarto dia do Curso de Férias, tratou-se sobre a obedencia. Para tal, foi-nos encenada uma belíssima peça teatral retratando a criação e a prova dos anjos.

O quarto dia, entretanto, foi um pouco diferente. Depois de conhecerem bem a importância dos três pilares da vida religiosa, o expositor levantou um debate a propósito da obediência: deve-se obedecer em todas as hipóteses, ou não?

Rapidamente, o auditório se dividiu em vários partidos que, a todo custo, lutavam por sua “bandeira”. Foram constituídos grupos de estudo para solidificar seus argumentos em torno de um ponto em comum. Após este preparo, iniciou-se um debate. Todos puderam expor seus argumentos, utilizando de fontes como os Padres da Igreja, Catecismo da Igreja Católica, doutores e moralistas, bem como fatos da vida do fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João Clá.

Conclusão: quem obedece nunca erra, exceção feita de uma ordem que leve ao pecado.

Passados os cinco primeiros dias do encontro, já havíamos lucrado muitos ensinamentos. Foi-nos então apresentada, em forma de teatro, uma estória de cunho catequético, criada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, para explicar como é a prova que o homem deve passar aqui na Terra.

Nesse conto, um rei sofre a perda de sua esposa e de seu filho por causa de uma doença que os acometera. Certo dia, porém, enquanto ouvia o salmo responsorial da Santa Missa, recebeu um sinal da providência…Sua descendencia não acabaria!

Contudo, ele tinha ainda algumas dúvidas… E, enquanto caminhava para a residência do Cardeal, o povinho se acotovelava para ver o monarca. Em certo momento, ouve-se um brado de aclamação dado por um jovem detentor de grande veneração pelo rei. Essa voz fez-lhe lembrar o filho que perdera.

O rei perguta-lhe sua idade e o menino responde: “Quatorze anos, senhor meu rei”. E o rei diz: “Era a idade que meu filho teria se estivesse vivo”…

O Rei tem uma enorme afeição pelo jovem e, com a permissão do pai, convida-o para ser seu filho e herdeiro do trono! O pequeno Miguel de então tornara-se o “príncipe Miguel”. Aprende os costumes da corte, o manuseio das armas, as ciências matemáticas e naturais, as letras, etc.

Passados dois anos de convívio, o rei ficou apreensivo com o futuro de seu novo filho. Apesar de confiar em suas qualidades, restava ainda saber se o Príncipe Miquel possuía um amor verdadeiro pelo rei. Decidiu, então, pô-lo a prova com a intenção de examinar a pureza de intenção do futuro rei. O jovem se portou excelentemente bem, sem, todavia, resolver os almejos que o soberano levava em seu coração.

O rei manda chamar seu filho nos aposentos reais e inflige-lhe uma última e dura prova. Um oficial de alto posto fora preso pelo adversário. Para libertá-lo, precisariam fazer alguma tratativa com os inimigos. Por isso, o monarca ordena que o príncipe se ofereça como prisioneiro no lugar do graduado militar. O príncipe, com grande dor, aceita tudo e parte rumo a missão, mas, quando estava para cruzar o portão do palácio… O rei manda chamá-lo e recebe-o com todo afeto, pois ele havia passado a última prova com total perfeição.

Realiza-se, então, a cerimônia de coroação do principe.

Como aplicação deste último teatro, podemos concluir que Deus faz tudo conosco para nos provar e purificar aqui na terra, para depois gozarmos das alegrias no céu!

Para finalizar o congresso, realizou-se um jantar de despedida com cerca de 650 pessoas. Foi servida uma excelente pizza feita pelos próprios arautos e, no fim, depois do sorvete, uma lembrança foi dada a todos os participantes do curso.

Sem dúvida, essa viagem de férias foi ocasião de inúmeras graças para nossos jovens capixabas.