By

Cariacica homenageia o Sagrado Coração de Jesus

A solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebrada no último dia 7 foi tocante.

A celebração eucarística presidida por D. Rubens Sevilha, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória foi concelebrada pelo Pe. Alexandro Firmino Barbosa, pároco da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. O ato foi antecedido de uma procissão da qual participaram também os Arautos de Evangelho. Chegada à Matriz, a procissão foi recebida por uma alegre salva de fogos de artifício.

Os integrantes do Terço dos Homens participaram em grande número, pois como costumam afirmar: “acabou-se a época em que se achava que rezar é só para as mulheres. Nós homens fomos também criados pelo mesmo Deus, e queremos mostrar que O amamos pois é nosso Pai”.

Na homilia, Dom Rubens Sevilha ressaltou a confiança que devemos ter no Coração de Jesus, que é humano, mas que tem uma capacidade ilimitada de amar, por ser Deus. Nós nunca podemos, nem sequer pensar, que não nos será dado o perdão por qualquer pecado e que não somos mais amados por Deus.

* * *

Vem muito a propósito citar trecho das revelações do Sagrado Coração a Soror Josefa Menéndez, freira espanhola que está em processo de canonização:

“Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia! Não posso descansar senão perdoando!

Estou sempre esperando com amor que as almas venham a Mim! Venham!… Atirem-se nos meus braços! Não tenham medo! Conheço o fundo das almas, suas paixões, sua atração pelo mundo e pelos prazeres. Sei, desde toda a eternidade, quantas almas me hão de encher o Coração de amargura e que, para grande número, os meus sofrimentos e o meu sangue serão inúteis! Mas, como as amei, assim as amo…

Não é o pecado que mais fere o meu Coração… O que o despedaça é não quererem as almas refugiar-se em Mim depois de o terem cometido.

Sim, desejo perdoar e quero que as minhas almas escolhidas deem a conhecer ao mundo como o meu Coração, transbordando de amor e de misericórdia, espera os pecadores.

Queria mostrar às almas que nunca lhes recuso a minha graça, nem mesmo quando estão carregadas dos mais graves pecados, e que não as separo então daqueles que amo com predileção. Guardo-as todas no meu coração, para dar a cada uma o que seu estado reclama.

Não é pelo fato de estarem em pecado mortal que devem afastar-se de Mim. Não julgem que já não há remédio para elas e que nunca mais serão amadas como foram outrora!

Não, pobres almas, não são estes os sentimentos de um Deus que derramou todo o seu sangue por vós!

Sou Deus, mas Deus de amor! Sou Pai, mas Pai que ama com ternura e não com severidade.

É fácil esperar tudo do meu Coração!” (*)

.
.
(*)Apelo ao amor, Sóror Josefa Menéndez, Editora Santa Maria, Rio de Janeiro

By

Sagrado Coração de Jesus, mistério de amor indizível

No próximo dia 7 de junho, será comemorada a festa do Sagrado Coração de Jesus. Para nós que nascemos muito tempo após ela ser instituída, pode parecer um mero evento da liturgia católica. Todavia, quando olhamos para seu significado, vemos que é de uma grandeza incomensurável porque trata-se de um mistério de amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós.

 No alto da Cruz, o Sagrado Coração de Jesus foi transpassado pela lança e então nasceu a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Começou aí, de forma palpável para a humanidade, este mistério de amor profundo.

Além de todos os sofrimentos de sua agonia e morte, Nosso Senhor dispôs a nosso favor seu Sacratíssimo Coração.  Ardendo de desejo de torná-lo conhecido aos homens, Nosso Senhor veio a terra revelar este mistério, por meio de diversas a aparições e episódios místicos, a uma santa francesa, do século XVII, chamada Margarida Maria Alacoque.

Estas aparições muito contribuíram para a prática desta devoção ora desconhecida por muitos, sobretudo ao fato de, a partir de então, ser instituída na Santa Igreja esta festividade. Em vários fenômenos místicos, ela foi inebriada pelas Graças do Sagrado Coração de Jesus a ponto de várias vezes não saber se estava nos Céus.

Antes disso, alguns santos já haviam penetrado este mistério.  Santa Catarina de Sena foi uma dessas almas favorecidas. Em um de seus transes espirituais, viu emanar, à semelhança de uma fonte, do Sagrado Coração de Jesus três rios que correspondiam ao amor dispensado aos homens. Um era o amor às almas perfeitíssimas, outro aos que estão em luta pela santidade, outro pelos pecadores. Ou seja, não há quem esteja fora das águas desses rios, que são maiores que o mar. A todos esses o Sagrado Coração de Jesus ama e deseja ser amado por eles.

Nas aparições a Santa Margarida, Ele, apesar de já nos beneficiar com o fato de sua presença, deixou a nós homens uma mensagem. Mensagem esta que remove o mais fundo a alma:

“Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.

“Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

Embora já se passaram alguns séculos,  ela se mantém atual. Basta observar o estado de crise da sociedade moderna, quantas atrocidades acontecem em razão do desespero ou desamparo de alma. Entretanto por pior que se esteja uma sociedade, isso não é capaz, nem de longe, de subestimar os benefícios da Misericórdia do Sagrado Coração de Nosso Senhor. Se se gravita, o quanto mais forte, para longe d’Ele, tanto maior será a força com que ele nos atrairá.

By

Adoração Eucarística na Catedral de Vitória, em comunhão com toda a Igreja: “um só Senhor, uma só fé”

Em comunhão com toda a Igreja foi feita uma hora de adoração a Jesus Sacramentado no domingo 2 de junho corrente, na Catedral Metropolitana de Vitória (ES).

A cerimônia iniciou-se ao meio dia, ao mesmo tempo em que o Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, presidia  a solene Adoração Eucarística como marco do Ano da Fé, ao que foram convidadas a unir-se espiritualmente todas as dioceses do mundo. Foi um acontecimento histórico, já que pela primeira vez na Igreja Católica as catedrais do mundo inteiro se sincronizaram com o horário de Roma para, com o Santo Padre, rezar sob o lema “um só Senhor, uma só fé”.

Presidida pelo pároco, Pe. Paulo Regis Silvestre, e com a participação de outros sacerdotes, numerosos fiéis escutaram as leituras escriturísticas, entremeadas por cânticos e orações. Ao fim o Santíssimo Sacramento foi conduzido pelo templo, em meio às pessoas que o adoravam.

Iniciado em 11 de outubro passado, o Ano da Fé se estenderá até o dia 24 de novembro.

By

Corpus Christi: não somente a instituição mas também o instituído é solenizado pela Santa Igreja

Celebrada universalmente desde 1264, a festa de Corpus  Christi possui a única procissão de preceito da Igreja Católica; os fiéis são convidados a participar desse cortejo religioso em adoração ao Corpo de Cristo, a Eucaristia. Sua instituição é  comemorada na Quinta-feira Santa entretanto, dentro do contexto da Quaresma, não é possível uma festividade. Devido a isso, a festa de Corpus  Christi que já acontecia na Diocese de Liège (Bélgica), foi preceituada à toda Igreja Católica por Sua Santidade, o Papa Urbano IV. Ela acontece na primeira quinta feira depois do domingo dedicado à Santíssima Trindade, que em 2013, será o próximo domingo, 26 de maio.

Como este adorável costume se tornou preceito litúrgico?

Santa Juliana de Mont Cornillon, nascida em Retines perto de Liège, Bélgica, em 1193, foi a enviada por Deus para propiciar esta Festa. Desde jovem, tinha uma grande veneração pelo Santíssimo Sacramento e sempre desejava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo intensificou-se em virtude de uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade.  A santa comunicou esta visão a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Liège, Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e a Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácono da cidade, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo impressionado como o acontecimento convocou um sínodo, nessa época os bispos tinham direito de ordenar festas para suas dioceses, e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ela, então, foi celebrada no ano subsequente na quinta-feira posterior à festa  da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu o costume e o estendeu por toda a atual Alemanha. O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em  Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está  Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu seu famoso Milagre:

Um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a  Consagração fosse real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela Sangue do qual se foi impregnando e em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264.

O Santo Padre movido pelo prodígio, e por petição de vários bispos, fez com que se estendesse a festa de Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula “Transiturus” de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta feira depois da oitava de Pentecostes  e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício. Nenhum dos decretos fala da procissão com o  Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo,  seja celebrado este excelso e venerável Sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua adoração e memória por tão inefável e divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória da Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

By

Quantos deuses existem? Um só, em três pessoas

Deus, do mais alto dos céus, conviveu com a humanidade na pessoa de seu filho e deixou o governo da Igreja ao Espírito Santo. Como nela tudo toca a Deus, e sendo Ele Uno e Trino, a liturgia dedica uma solenidade para celebrar este profundo e sublime mistério. É o que se sucederá no próximo Domingo.

Durante muito tempo este mistério permaneceu obscuro para humanidade. No antigo testamento, o povo eleito não sabia que o único Deus possuía três Pessoas: Pai, Filho e Espírito santo. Quando a Voz de Deus descia do Céu, eles O viam com uma só Pessoa. Com sua encarnação Nosso Senhor Jesus Cristo revelou à humanidade por meio de Sua própria palavra este mistério. Em Seu batismo, o Espírito Santo desceu em forma de pomba sobre Nosso Senhor, e a voz do Pai pronunciou seu amor pelo Filho. Eis aí a primeira ocasião em que as três Pessoas se manifestam publicamente, por sua vez, fica patente para a humanidade a existência Santíssima Trindade.

Este Estado tem a divina honra de levar o nome de uma das Pessoas da Trindade, o Espírito Santo, por causa de seu descobrimento no dia em que outrora era comemorado. Por mais que seja o nome em razão de uma cronologia litúrgica, veio muito bem calhar com as características do local e do povo que nele reside, sobretudo se o imaginamos dentro da Trindade. O mar extenso e belo o qual admiramos do vasto litoral, refletem a grandeza de Deus Pai; a colonização católica, os milagres que Nossa Senhora do alto do Convento opera sobre nós, mostram a bondade do filho; e as almas fervorosas que aqui nascem, o Espirito Santo. Existem muitas maneiras de se enxergar esse o mistério. Alguns santos receberam a Graça de perceber sensivelmente qual Pessoa da Trindade atuava sobre si.

Este mistério ultrapassa a inteligência humana, nem Santo Agostinho foi capaz de desvendá-lo, é um mistério em que muitos santos se submergem quando atingem o ápice de sua santidade. Com sua maternal atuação, a Igreja dispôs uma solenidade para adorar ao Deus Uno e Trino, para assim já nos acostumarmos com este mistério que veremos face a face no Céu. Preparemo-nos para esta celebração pedindo Graças a Nossa Senhora para venerar e amar cada vez mais este mistério.

By

Viva o Papa! Viva Dom Luiz Mancilha!

     O último 22 de fevereiro foi ocasião de dupla alegria para todos os fiéis da diocese de Vitória: Festa da Cátedra de São Pedro e 27º aniversário de ordenação episcopal de nosso arcebispo Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc.

     Nascido em 06 de maio de 1942 na cidade de Pouso Alto, localizada nas “terras altas da Mantiqueira”, foi ordenado sacerdote em 21 de dezembro de 1968 em Belo Horizonte-MG, depois de um longo período de estudos levado com afinco. 18 anos mais tarde, recebeu a Ordenação Episcopal e em 03 de dezembro de 2002 foi nomeado por Sua Santidade o Papa João Paulo II Arcebispo de Vitória-ES.

     Nos quase onze anos como pastor desta arquidiocese, tem levado com esmero e paternal dedicação a missão de apascentar o rebanho de Cristo nestas terras capixabas. Em ação de graças por tantos benefícios recebidos do Céu, celebrou, Dom Luiz juntamente com seus dois bispos auxiliares Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias e Dom Rubens Sevilha, solene Eucaristia na Catedral de Nossa Senhora da Vitória, na qual se reuniram inúmeros fiéis e dezenas de sacerdotes e diáconos em sinal de comunhão fraterna.

     Durante a homilia, Dom Luiz exortou os fiéis a rezarem pelo atual Romano Pontífice Bento XVI, que no próximo dia 28 deixará seu Ministério Petrino para se dedicar a uma vida de oração e sacrifício, e para que o Espírito Santo ilumine os Padres Cardeais na missão de eleger o novo Papa, que deverá guiar a Igreja.

     No fim da Missa, os Arautos do Evangelho ofereceram ao seu pastor arquidiocesano um quadro dos Sagrados Corações de Jesus e Maria e tocaram o “Hino a Cristo Rei” e o “Hino Pontifício”, que tanto lhe agradam, como sinal de gratidão por sua solicitude pastoral.

     E mais uma vez, viva o Papa! Viva Dom Luiz Mancilha!