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A nascente do rio

Quem não tem a curiosidade de conhecer onde nasce um rio? E quanto maior for ele, maior é esse desejo.

O Rio Amazonas, por exemplo, nasce pequenino no alto dos Andes. Tão pequenino que nada faz supor que será mais adiante um rio tão imenso que os primeiros a nele navegarem o chamaram de “Mar Doce”.

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Destino: Aparecida

— Já fui a Aparecida!

Quantas vezes esta frase desperta nos corações de quem a ouve o desejo de ir — ou voltar! — a Aparecida e lá estar bem pertinho da nossa Padroeira.

Pensando nisso, os Arautos do Evangelho há anos tomam uma providência.

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O cristão é alegre, diz o Papa

Após celebrar Missa na Basílica de Aparecida, o Papa recebeu do Cardeal Raymundo Damasceno — Arcebispo de Aparecida — uma réplica da imagem da Padroeira do Brasil.

Dirigiu-se à “Tribuna Bento XVI”, no exterior da Basílica, abençoou a multidão de peregrinos — cerca de 200 mil — e pediu-lhes que rezassem por ele: “Eu peço um favor, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês”.

E deu uma notícia:

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Sagrado Coração de Jesus, mistério de amor indizível

No próximo dia 7 de junho, será comemorada a festa do Sagrado Coração de Jesus. Para nós que nascemos muito tempo após ela ser instituída, pode parecer um mero evento da liturgia católica. Todavia, quando olhamos para seu significado, vemos que é de uma grandeza incomensurável porque trata-se de um mistério de amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós.

 No alto da Cruz, o Sagrado Coração de Jesus foi transpassado pela lança e então nasceu a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Começou aí, de forma palpável para a humanidade, este mistério de amor profundo.

Além de todos os sofrimentos de sua agonia e morte, Nosso Senhor dispôs a nosso favor seu Sacratíssimo Coração.  Ardendo de desejo de torná-lo conhecido aos homens, Nosso Senhor veio a terra revelar este mistério, por meio de diversas a aparições e episódios místicos, a uma santa francesa, do século XVII, chamada Margarida Maria Alacoque.

Estas aparições muito contribuíram para a prática desta devoção ora desconhecida por muitos, sobretudo ao fato de, a partir de então, ser instituída na Santa Igreja esta festividade. Em vários fenômenos místicos, ela foi inebriada pelas Graças do Sagrado Coração de Jesus a ponto de várias vezes não saber se estava nos Céus.

Antes disso, alguns santos já haviam penetrado este mistério.  Santa Catarina de Sena foi uma dessas almas favorecidas. Em um de seus transes espirituais, viu emanar, à semelhança de uma fonte, do Sagrado Coração de Jesus três rios que correspondiam ao amor dispensado aos homens. Um era o amor às almas perfeitíssimas, outro aos que estão em luta pela santidade, outro pelos pecadores. Ou seja, não há quem esteja fora das águas desses rios, que são maiores que o mar. A todos esses o Sagrado Coração de Jesus ama e deseja ser amado por eles.

Nas aparições a Santa Margarida, Ele, apesar de já nos beneficiar com o fato de sua presença, deixou a nós homens uma mensagem. Mensagem esta que remove o mais fundo a alma:

“Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.

“Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

Embora já se passaram alguns séculos,  ela se mantém atual. Basta observar o estado de crise da sociedade moderna, quantas atrocidades acontecem em razão do desespero ou desamparo de alma. Entretanto por pior que se esteja uma sociedade, isso não é capaz, nem de longe, de subestimar os benefícios da Misericórdia do Sagrado Coração de Nosso Senhor. Se se gravita, o quanto mais forte, para longe d’Ele, tanto maior será a força com que ele nos atrairá.

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Ubi Petrus ibi Ecclesia

     O Vigário de Cristo é lembrado de um modo mais especial no dia 22 de Fevereiro pelo orbe católico, por ocasião da festa da Cátedra de São Pedro. Esta celebração teve início no século IV, como sinal de unidade fundada sobre o príncipe dos apóstolos por Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt. 16,19).

     Mas, qual o motivo de se celebrar uma cátedra? O que ela significa? Não parece mais apropriado homenagear a pessoa do papa à sua cadeira? Contudo, é mais grandioso e submisso celebrar a festa da Cátedra de São Pedro porque se celebra a autoridade do papado, e este enquanto tendo uma cátedra infalível que se dirige ao mundo inteiro. Pois, nos diz Santo Ambrósio: “Onde está Pedro está a Igreja”.[1]

     Até onde chega essa autoridade? Assim afirma Dr. Plinio: “O Papa é o ponto de atração de todas as inteligências e de todos os corações. Sua Majestade, sublime e excelsa entre todas, supera o humano e atinge o divino. Por isso não se poderia imaginar um homem com tal poder, cair em erro, em matéria de fé e moral. Então, é dada ao Papa a graça única da Infalibilidade, por onde ele não consegue cair em erro”.[2]

     Ora, de tal maneira a Igreja Católica está vincada à Cátedra de São Pedro que onde não há a aprovação do Papa não há Catolicidade. O verdadeiro fiel sabe que o Papa resume e compendia em si toda a Igreja Católica […]. Porque tudo quanto há na Igreja de santidade, de autoridade, de virtude sobrenatural, tudo isto, mas absolutamente tudo sem exceção, nem condição, nem restrição está subordinado, condicionado, dependente da união à Cátedra de São Pedro. As instituições mais sagradas, as obras mais veneráveis, as tradições mais santas, as pessoas mais conspícuas, tudo enfim que mais genuína e altamente possa exprimir o Catolicismo e ornar a Igreja de Deus, tudo isto se torna nulo, maldito, estéril, digno do fogo eterno, e da ira de Deus, se separado do Romano Pontífice. […] para nós, entre o Papa e Jesus Cristo não há diferença. Tudo que diga respeito ao Papa diz respeito direta, íntima e indissoluvelmente a Jesus Cristo.”[3]

     Portanto, a festa da Cátedra de São Pedro é de suma importância para toda a Igreja, e nos mostra o quanto a pessoa do Papa é o elo entre o céu e a terra. E aqueles que não o seguem em sua bondade paternal, desviam-se dos princípios evangélicos, se afastando do caminho da salvação.

     Agradeçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a instituição desta cátedra infalível, que é propriamente a coluna do mundo, porque se não houvesse infalibilidade, o mundo estaria perdido.


[1] SANTO AMBRÓSIO, in: ROHRBACHER, vida dos Santos. Vol. II, São Paulo: ed. das Américas,1959.

[2] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Legionário, Março,1942.

[3] Idem.1944.

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Poderia o céu estrelado ser ainda mais esplendoroso?

A pergunta pode parecer sem propósito à primeira vista, mas detenhamo-nos nela um momento.

O homem, tendo sido criado para Deus e para a felicidade eterna, deveria passar a vida, nesta terra de exílio, à procura da suprema perfeição, sentindo, por assim dizer, saudades  de um Paraíso que ele não conhece.

Depois de maravilhar-se com o firmamento repleto de estrelas, há no homem a tendência a “enriquecer” a obra da criação: E se as estrelas fossem coloridas? E se elas fossem como imensas pedras preciosas a espargir sua própria luz?

É bem possível que o homem que inventou os fogos de artifício estivesse com a mente povoada dessas considerações, pois Deus concedeu ao ser humano desejos e aptidões pelas  quais ele, de alguma forma, complementa a obra da Criação. É inegável que essa  descoberta possibilitou iluminar a noite com sucessivas chuvas de coloridas estrelas cintilantes, formando um variegado conjunto que nos enche de alegria, encanto e admiração.

À zero hora do dia 1 de janeiro de 2013, a tradicional queima de fogos realizada na Praia de Camburi, em Vitória, fez o papel de “pista de decolagem” que nos remeteu a uma realidade incomparavelmente superior: a do universo das almas bem-aventuradas.

O show pirotécnico durou 16 minutos e foi promovido, juntamente com outro espectáculo no bairro Santo Antônio, pela Prefeitura de Vitória. As balsas da Marinha, onde estavam as baterias de fogos, mantiveram-se a uma distância de 300 metros da faixa de areia de onde a maioria dos espectadores admirava as luzes e os sons que saudavam o início de um novo ano.