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O sentido católico da dor

No post anterior (“A gota d’água no cálice”) sobre o recente Retiro espiritual, vimos que a temática era como encarar o papel do sofrimento nas nossas vidas. O texto a seguir, de autoria do Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, aprofunda o assunto.
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Por que Quarta-feira de Cinzas?

Na Igreja Católica qualquer ato litúrgico tem um significado profundo, uma lição de sabedoria e uma graça própria. Assim é também quando na Quarta-feira de Cinzas o sacerdote põe em nossas frontes a cruz de cinzas e nos convida à inteira conversão.

Qual a origem e o sentido deste cerimonial?
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Confiança, é Natal!

Nesta noite de Natal — uma ocasião repleta de sentimentos de paz, alegria e esperança— vêm-nos também à lembrança os muitos dramas dos dias de hoje. Enquanto avançamos nas sendas do terceiro milênio, o horizonte se obscurece em razão das muitas crises em curso, as quais não apenas ocupam o noticiário, mas interferem cada vez mais em nossas próprias vidas.

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Uma explosão de alegria

Visitas das Catequeses

Esta expressão tão sugestiva, pronunciada pelos lábios inocentes de uma criança, bem pode definir um dos finais de semana na Sede dos Arautos, a partir da inauguração do Presépio de som, luz e movimento. Mas, afinal, o que aconteceu de tão extraordinário que produziu esta exclamação?

Cerca de cem crianças, oriundas de diversas comunidades e Paróquias, visitaram a Sede da Comunidade dos Arautos e assistiram à apresentação do Presépio (divididas em grupos). Jubiloso, um dos pequenos, ao término do espetáculo, sonoramente bradou o que sentia no fundo do coração. Sim, foi propriamente uma explosão de alegria.

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Entrevistando Mons. João Clá

Na imprensa europeia — e mesmo de outros lugares — está se tornando hábito serem publicadas “entrevistas” de personalidades utilizando-se de obras publicadas por estes. Em tais “entrevistas” as perguntas são feitas em função de textos de autoria dos “entrevistados”.

Assim foi feita esta entrevista.(1)

 

 

 

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UMA GRANDE ESPERANÇA

sol-filtrando-por-arvores-pixabCom quanto pesar constatamos que a humanidade de nossos dias está longe do que Jesus deseja, precipitada como num insondável abismo de pecado. Aqueles de nós que não queremos também estar nessa infeliz situação o que devemos fazer?

Sobre isso é muito elucidativo o artigo do Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho publicado a seguir.

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FOGO PURIFICADOR

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

meditacao-aeComoventes e admiráveis são as manifestações de misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo no decorrer de sua vida pública. Sem jamais recusar benefício algum aos infelizes que d’Ele se aproximavam necessitando de auxílio, realizava curas corpóreas e espirituais nunca antes testemunhadas.

Certa vez, enquanto caminhava pela estrada que conduzia à cidade de Naim, deparou-se com o funeral de um jovem que falecera, deixando a mãe, uma pobre viúva, desamparada e sozinha. Compadecido da triste sorte que a aguardava, Jesus fez o jovem voltar à vida e o restituiu à sua progenitora em excelentes condições físicas, certamente melhores que as anteriores.jesus-curando-wp

Noutra ocasião, dez leprosos levantaram a voz à distância, implorando a Ele o fim de seus males. Receberam um olhar benigno do Mestre, seguido da almejada cura, mediante a qual regressaram à vida social, cheios de júbilo.

Ainda maiores que estes, porém, eram os benefícios feitos às almas, pelo perdão dos pecados a todos os faltosos compungidos.

JESUS “PASSOU A VIDA FAZENDO O BEM”

Incessantes eram os milagres e incomensurável o alcance de seus favores. Por isso, o Apóstolo Pedro sintetizou tais obras afirmando que Ele “pertransivit benefaciendo – passou fazendo o bem” (At 10, 38).

Como ouvimos com frequência palavras cheias de comiseração saídas dos próprios lábios divinos, a passagem do Evangelho citada a seguir pode causar-nos certa perplexidade por não se coadunar, à primeira vista, com o modo de proceder de Nosso Senhor em outras passagens.

49 Eu vim para lançar fogo sobre a Terra, e como gostaria que já estivesse aceso! […] 51 Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a Terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão.” (Lc 12, 49; 51)

Haveria, portanto, uma contradição no ministério de Jesus? Ou suas palavras contêm uma profundidade que exige uma análise mais acurada?

O FOGO DO AMOR DIVINO

coracao_chamas_wp Através da união da natureza humana com a divina em uma só Pessoa, e pelos méritos infinitos da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, desceu à Terra um fogo capaz de purificar o pântano no qual os homens estavam atolados.

À medida que os homens se deixam penetrar pelo fogo da caridade, os obstáculos aos ditames da graça vão sendo transpostos, porque nada pode deter a marcha daqueles que amam.

Ora, a vinda de Cristo ateou o fogo do amor divino sobre a Terra e inaugurou o polo do bem, com extraordinária força de expansão. Como observa o padre Manuel de Tuya: “Este fogo que Ele propaga na Terra exigirá que se tome partido por Ele. Incendiará muitos, e por isso Ele traz a ‘divisão’, não como um objetivo, mas como uma consequência”. (*) Uma radical separação torna-se inevitável, pois quem adere ao bem restringe a ação de quem opta pelo mal e impede o seu progresso, abrindo-se, desta forma, um abismo que os distancia.

OS MAUS NÃO PODEM TRIUNFAR

Jesus convida a nos deixarmos consumir como uma chama de louvor e adoração a Ele, recebendo o fogo sagrado que viera trazer ao mundo. Abramos nossas almas para esta combustão renovadora que queima os egoísmos, sana os problemas, eleva as mentes ao desejo das coisas celestes e transpõe as barreiras da falta de confiança, de fé e de ânimo.

Basta uma leve correspondência de nossa parte a este amor para que maravilhas se operem, o poder das trevas seja vencido e se consolide o polo do bem. E quando o vento contrário da divisão se abater sobre nós, tenhamos presente que Jesus já o anunciara e não nos negará as forças para a vitória, pois os maus não podem triunfar sobre o fogo da integridade, da inocência, da radicalidade no bem; numa palavra, da santidade.

 

(*) TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, 1964, v. V, p.855.

(Condensado do artigo com o mesmo título, revista “Arautos do Evangelho”, nº 176, agosto de 2016, pp. 10 -18.

É também de autoria do Mons. João Scognamiglio Clá Dias a coleção “O dom de sabedoria na mente, vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira” lançada internacionalmente pela Libreria Editrice Vaticana e Arautos do Evangelho. Para acessar maiores dados sobre a obra clique aqui

Ilustrações: Arautos do Evangelho, wiki, pexabay, wpress