PERFUMES DE DEUS

Calai-vos, calai-vos! — repetia o sacerdote, enquanto tocava com seu bastão as florzinhas que cobriam o prado à beira da estrada.

Eis como São Paulo da Cruz procurava conter seus arroubos de amor a Deus quando saía a passear na primavera, pois as mimosas flores do campo falavam-lhe com irresistível eloquência, proclamando a perfeição infinita do Criador! Sem palavras nem vozes que pudessem ser ouvidas, mas simplesmente por sua formosura e perfume, elas arrebatavam o Santo; e ele, para não desfalecer de enlevo, via-se obrigado a pedir-lhes silêncio…

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