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NA OUTRA PONTA DA VIDA

Fizeram tudo que podiam. Não mediram sacrifícios para cuidar da geração que agora dá vitalidade ao dia-a-dia. No caso de mães, quantas noites perdidas, quanta abnegação para entender o que dizíamos quando éramos bebês. Com que paciência nos ensinaram a andar. Quantas vezes — depois de uma estripulia nossa — mais que o curativo, o que nos aquietava era o carinho materno.

Sendo pais, quantas e quantas horas de trabalho estafante. E umas horas extras para poder comprar o nosso presente de aniversário. E todos os dias, na hora certinha, lá estava ele, pacientemente, à espera de nossa saída da escola. Quantos conselhos… que, na hora foram mal recebidos, mas deles só perceberíamos o acerto quando tivemos de dá-los a nossos filhos.

E eles agora já alquebrados pela idade e por enfermidades, nos recebem com um sorriso feliz, nas poucas vezes que os visitamos… Alguns estão lá esquecidos; passam os dias e ninguém os visita. Ninguém lhes fala da vida eterna da qual estão tão próximos.

Para minorar em algo situações como estas, os Arautos do Evangelho, quer através do Fundo Misericórdia, quer da atuação dos núcleos locais, dos cooperadores, fazem das visitas a asilos de idosos uma de suas atividades características.

“Estive enfermo e me visitastes”, pois, na pessoa do idoso visitado procuramos ver o próprio Jesus. Ele mesmo disse: “É a mim que o fizestes”.

Nesse estado de ânimo e caridade fraterna nossos cooperadores de Vitória “roubaram” algum tempo de seu lazer para visitar os idosos do asilo da Sociedade de Assistência à Velhice Desamparada.

Acompanhava-os a principal visitante: a imagem do Imaculado Coração de Maria, cujo original foi abençoado e coroado pelo Santo Padre João Pulo II quando da aprovação pontifícia dos Arautos e da elevação a associação de Direito Pontifício.

Foi muito gratificante pelos que participamos dessa obra de misericórdia, ver a alegria naqueles rostos sulcados pelos embates da vida. Por vezes uma parcial impossibilidade de locomover-se e até de expressar-se com desembaraço, mas o sorriso sempre se fazia ver.

Que Deus e sua Mãe Santíssima sempre os proteja, queridos idosos. Não esqueceremos estes sorrisos gratificantes. E esperamos tê-los quando chegar o dia em que… seremos idosos.

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Idênticas atividades de atenção a idosos, órfãos, deficientes físicos, etc são realizadas por todo Brasil, bem como pelos Arautos do Evangelho de outros países.