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12 novos apóstolos

Certa vez Santa Teresa de Jesus dirigia-se a uma cidade onde pretendia fundar um novo convento carmelita. Em uma pequena parada para refazer as forças encontrou uma pessoa conhecida sua que lhe perguntou:

— Madre Teresa, para fundar um novo mosteiro a senhora já deve ter os recursos financeiros e outros, não?

— Tudo o que tenho é essa moeda — e mostrou-lhe a única moeda que levava consigo.

— Mas… Madre, a senhora quer fundar um convento só com essa moeda? Read More

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Viver na terra olhando para o Céu

Irmã Carmela Werner Ferreira, EP

Dotada de encantadora singeleza, alva plumagem e impecável “maintien”, a garça surpreende pelo contraste entre a sua elegante imponência e a fragilidade das patas que a sustentam com perfeito equilíbrio, em suas investidas nos charcos onde vai buscar alimento. Sem Read More

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Maria, Mãe de Jesus

Os grandes teólogos têm, a respeito de Nossa Senhora, uma expressão muito adequada: “De Maria nunca é demais se falar”. Por esta razão e pelo fato de que os afazeres do dia a dia podem diminuir em nós as convicções religiosas, damos um breve apanhado de alguns pontos referentes a Nossa Senhora, sem — nem de longe — pretender esgotar o assunto.

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A inocência à busca da Inocência

No dia 25 de dezembro, o Revmo. Pe. Antônio Carlos Coluço EP, celebrou a Missa de Natal na Paróquia Bom Pastor, em Campo Grande.

A cerimônia foi muito abençoada. Durante a homilia, explicou-se a história da redenção, desde o pecado de Adão e Eva até o nascimento do Homem-Deus. O celebrante discorreu também sobre a Graça e a sua importância em nossas vidas dizendo que “nós não somos capazes de realizar atos que estão acima de nossa natureza”, mas a Graça age em nossas almas assim como a luz do sol se filtrando pelo vitral ou o fogo transformando o ferro em brasa.

No fim, após a benção, o Pe. Coluço convidou a todos para se aproximarem e oscularem o Menino Jesus que foi introduzido em solene cortejo. Por mais de meia hora os fiéis, em fila, veneraram a imagem do Menino Deus que nasceu liturgicamente para nós nessa noite santa.

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Humanidade pródiga

O pai recebe com afeto o filho pródigo

Abrir um jornal, ligar uma televisão ou qualquer outro meio de informação (as propaladas mídias), em geral ao cabo de algum tempo de noticiários a sensação cada dia mais frequente é a de náusea: os crimes mais abomináveis, a falta de compostura — para falar em termos brandos… — daqueles de quem se deveria esperar pelo menos honestidade, a violência desenfreada, as intrigas, a devassidão, são o prato do dia a dia.

Se observarmos bem, onde a maioria dos homens — e mulheres — põe a mão parece só gerarem desastres, discórdias, tudo apontando para um futuro sombrio.

Entretanto há uma solução. Para ela nos aponta o Mons. João Clá Dias, EP, Fundador e Superior dos Arautos do Evangelho em consonância com a convicção de que Deus não nos abandonará.

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Por que somos tentados?

     No primeiro domingo da quaresma, a liturgia da Igreja nos apresenta um tema muito comum na vida dos homens: a tentação! Há muitos que desconhecem ou não tem presente ao espírito, a verdadeira natureza e o caráter das tentações. Todos têm suas tentações, e muitas. E, entre os diversos caminhos pelos quais Deus conduz as almas escolhidas, está a vereda das tentações.

     A tentação é o caminho pelo qual todos devem trilhar. Passam por entre multidões de tentações, atravessando uma após outra, e cada qual excede a anterior em fealdade. O fato de poder Deus fazer consistir o caminho da perfeição também em tentações lança, no entanto, considerável luz sobre o porquê da tentação em geral. Em suma, como disse São Thiago, é necessário que haja tentações, pois não poderá ser coroado aquele que não batalhar varonilmente (Cf. Tg. 1,12), e a tentação é um excelente adversário; não existem ao acaso, mas são inerentes à condição humana; não se cruzam no ar como balas sobre um campo de guerra, pois cada tentação já tem sua coroa preparada, se a alma corresponder à graça e alcançar a vitória.

     Assim disse o sábio: “Filho, se queres servir a Deus, conserva-te na justiça e no temor e prepara-te para a tentação (Eclo. 2,1).” E ainda: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? (Jó. 7,1)”. Depois do pecado de Adão o homem só descansará das guerras espirituais no Céu, pois no dizer de São Jerônimo sobre a passagem “Tempo de guerra e tempo de paz” (Eclo. 3,8), enquanto habitamos neste mundo é tempo de guerra, quando passarmos ao outro, será tempo de paz.[1] Assim, nessa terra será sempre tempo de peleja enquanto a morada do homem for uma tenda corruptível e mortal.

     Contudo, muitas são as pessoas que se queixam amargamente de suas tentações, visto que elas se apresentam sob as formas mais diversas: atração, desejo, repulsa, desagrado, lentidão, omissão, negligência e precipitação. Em virtude disso, afetam todas as ordens: deveres de estado, classes sociais, orgulho, pureza, justiça, piedade etc.

     As tentações podem ser interiores, quando nascem dos sentidos livres e indisciplinados, quer das paixões ardentes e desregradas da concupiscência desordenada pelo pecado original; exteriores, quando por ação diabólica ou não, causam deleitações as riquezas, as honras, as afeições mal concebidas e as distrações; ou uma e outra ao mesmo tempo. Quanto às que participam das duas naturezas, possuem os atrativos de ambas. Em síntese são polimórficas.

     Vistas, porém, sob certo aspecto, todas as tentações consistem numa aliança entre o que está dentro e o que está fora do homem. Nem todas as tentações provêm do demônio, todavia deve-se receá-lo e ter uma ideia clara das funções terríveis e malignas que lhe atribui a Escritura, pois, como diz São Pedro: “Sede sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como leão a rugir, procurando a quem devorar” (1Pd. 5,8).

     No entanto, as tentações constituem matéria prima para a glória; saber governá-las é tão importante quanto governar um império e requer vigilância ainda maior.[2]Por grandes que sejam as aflições e os desgostos que as tentações possam causar à alma, é, em geral, dom de Deus não ser preservada delas. Por três vezes implorou São Paulo que lhe fosse tirado o aguilhão que o atormentava. Contudo, a resposta recebida de Deus, “basta-te a minha graça” (Cf. 2Cor. 12,7-10), mostra quão precioso é o dom da tentação, ou a permissão divina pela qual se é tentado.


[1] Cf. SÃO JERÔNIMO, in. RODRÍGUEZ, Alonso. Ejercicio de Perfección y Virtudes Cristianas. Tomo II. Madrid: 1930. p. 463.

[2] Cf. WILLIAM FABER, Frederick. Progresso na vida espiritual. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda, 1947. p. 252