Poderia o céu estrelado ser ainda mais esplendoroso?

A pergunta pode parecer sem propósito à primeira vista, mas detenhamo-nos nela um momento.

O homem, tendo sido criado para Deus e para a felicidade eterna, deveria passar a vida, nesta terra de exílio, à procura da suprema perfeição, sentindo, por assim dizer, saudades  de um Paraíso que ele não conhece.

Depois de maravilhar-se com o firmamento repleto de estrelas, há no homem a tendência a “enriquecer” a obra da criação: E se as estrelas fossem coloridas? E se elas fossem como imensas pedras preciosas a espargir sua própria luz?

É bem possível que o homem que inventou os fogos de artifício estivesse com a mente povoada dessas considerações, pois Deus concedeu ao ser humano desejos e aptidões pelas  quais ele, de alguma forma, complementa a obra da Criação. É inegável que essa  descoberta possibilitou iluminar a noite com sucessivas chuvas de coloridas estrelas cintilantes, formando um variegado conjunto que nos enche de alegria, encanto e admiração.

À zero hora do dia 1 de janeiro de 2013, a tradicional queima de fogos realizada na Praia de Camburi, em Vitória, fez o papel de “pista de decolagem” que nos remeteu a uma realidade incomparavelmente superior: a do universo das almas bem-aventuradas.

O show pirotécnico durou 16 minutos e foi promovido, juntamente com outro espectáculo no bairro Santo Antônio, pela Prefeitura de Vitória. As balsas da Marinha, onde estavam as baterias de fogos, mantiveram-se a uma distância de 300 metros da faixa de areia de onde a maioria dos espectadores admirava as luzes e os sons que saudavam o início de um novo ano.