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A benquerença no convívio humano

Imagem do Sagrado Coração de Jesus, que pertenceu a Dona Lucilia

“O homem é um lobo para outro homem”. ¹ Esta chocante frase de Plautus talvez não nos cause tanta má impressão quanto a do filósofo Sêneca: “Tornei-me ainda mais cruel e menos homem, porque estive entre os homens”.² Como explicar que possamos ser um lobo para o próximo e tratá-lo com crueldade? Por que será que presenciamos a crescente falta de respeito, ou desprezo, e até mesmo a agressividade no trato com o próximo?

Com efeito, está na nossa natureza o desejo de nos relacionarmos. O trato com o outro nos é necessário, e nosso instinto de sociabilidade reclama o convívio. Mas esse instinto mal conduzido e desequilibrado degenera num relacionamento não raramente marcado por desastres que nos chocam. Qual a real causa das crueldades hodiernas existentes no trato humano?

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CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA

Domingo da Páscoa, 2017: Consagração a Jesus pelas mãos de Maria de  mais de 40 participantes do 3° Curso de Consagração a Nossa Senhora, conforme o método de São Luís Grignion de Montfort. Com a ajuda de Nossa Senhora e resultado de um estudo sério, refletido e amoroso, desenvolvido na Sede dos Arautos em Vitória (casa de Cariacica).

A cerimônia contou com a presença de inúmeros fiéis, familiares e amigos dos consagrados. Todos puderam experimentar em seus corações, jubilosos, o que diz o Salmo entoado na Celebração Eucarística:

Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos” (Salmo 117, 24).

O clima reinante na celebração foi de muita alegria; as pessoas sentiam-se mais fortalecidas na fé em Cristo Ressuscitado, e na mediação de Nossa Senhora.

O significado desta confiança filial na intercessão de Nossa Senhora bem poderia ser expresso pelas palavras de Mons. João Clá Dias, EP, em um de seus comentários sobre a devoção mariana:

Quem é realmente devoto de Nossa Senhora tem sua salvação garantida. Ela não vai permitir com sua onipotência suplicante, com a sua sabedoria e com seu amor que é o próprio amor do Espírito Santo – Ela é chamada Nossa Senhora do Divino Amor – que nós, sendo devotos d’Ela, rezando o rosário d’Ela, tenhamos uma morte de um condenado. ¹

Realmente, que de melhor podemos desejar, senão a salvação eterna? E é justamente isto que se dá com quem se consagra a Nossa Senhora, conforme nos ensina São João Damasceno, citado por São Luís em seu Tratado da Verdadeira Devoção:

“Tendo confiança em vós, ó Mãe de Deus, serei salvo; tendo vossa proteção, não temerei, com vosso auxílio, combaterei os meus inimigos e os porei em fuga; pois vossa devoção é uma arma de salvação que Deus dá a quem quer salvar”. ²

Alegremo-nos com nossos novos irmãos e irmãs consagrados e rezemos para que no mundo inteiro se estabeleça a devoção Jesus pelas mãos de Maria, pois é Ela a Rainha da Paz; Aquela que pode obter de seu Divino Filho a paz tão desejada para nossos dias. Nesta devoção e Consagração, espalhada nos quatro cantos da Terra, E poderemos ver o prenúncio do Reino de Maria anunciado por Nossa Senhora em Fátima — cujo centenário celebramos — “Por fim o meu Imaculado Coração Triunfará!”

 

 

¹ Mons. João S. Clá Dias, EP. Devoção a Nossa Senhora. Disponível em http://comentariosdejoaocladias.blogspot.com.br/2016/06/devocao-nossa-senhora.html. Acesso em: 18 abr. 2017.

² São João Damasceno. Sermo de Annunc. In São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, nº 182, Ed. Vozes, Petrópolis, 43ª edição, 2016.

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A Ressurreição: a Festa de nossa Esperança

Semana Santa! São muitas as considerações a que somos especialmente convidados e maternalmente admoestados pela Igreja a realizar: Nosso Senhor Jesus Cristo sofrendo a Paixão e, por fim, ressuscitando gloriosamente ao terceiro dia, para a nossa salvação.

Diante de tal mistério salvífico, queremos propor ao caríssimo leitor – que nos honra em nos acompanhar – não simplesmente a leitura deste curto artigo, mas, sim, um fraterno convite à meditação, um partilhar consigo das palavras que – bem podemos imaginar – serão ditas por Nosso Senhor a cada um de nós, se tomarmos como ponto de partida as nossas imperfeições. Estas palavras constituem uma divina lamentação do Homem-Deus, carregadas de misericórdia sim, mas também de severa cobrança e justiça, sendo dirigidas a todos os homens e procurando nos guiar na integridade de Seu seguimento.

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A Mãe do Homem das Dores

Por que Vos apresentais assim, Senhora, revestida de um delicado, ao mesmo tempo sério, véu roxo, cobrindo vossa santíssima face – mais bela que a Lua, mais esplendorosa que todas as belezas do universo? Por que este véu roxo, símbolo da penitência e do luto? Por que vossa tão doce fisionomia apresenta-se tomada de perplexidade, de angústia? O que meditais em vosso imaculado e sapiencial Coração?

Ó minha Mãe, ponde-Vos diante do mistério da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É Vosso divino Filho que está, em sua bondade infinita, prestes a resgatar o gênero humano, abrindo as portas do Céu com sua morte de Cruz. Tal é a sua entrega para nossa salvação que Ele, Homem-Deus, vela-se a si mesmo, escondendo sua divindade em sua humanidade santíssima, e fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz, por amor a nós!

Estais, ó Senhora, imersa na agonia de alma, ao contemplar o Homem das Dores: “Nem a Terra, nem o mar, nem todo o firmamento poderiam servir de termo de comparação à vossa dor”. ¹

No entanto, ao cobrir-Vos com o manto da agonia e da dor, mais formosa ficais. De onde vem tanto esplendor? Vós sois a Mãe Dolorosa do Homem das Dores, que durante a Paixão, “compensava, pelo seu cântico de fidelidade, todas as injúrias e ofensas sofridas por Jesus […] Eis aqui, “na noite da desolação, o canto da alma mais virtuosa em toda a Terra elevando-se até o Céu…”.²

Pedimos-Vos, Senhora, para cada um nós, com as palavras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Dai-me, minha Mãe, um pouco, pelo menos, desta dor… Sofreis em união a Jesus. Dai-me a graça de sofrer como Vós e como Ele”. ³

E nesta união com Ele e com a Mãe dolorosa, entoaremos nosso cântico de fidelidade e de gratidão a Deus que nos receberá, a par dos sofrimentos na Terra, com a alma “esplendorificada” pela graça de Jesus a rogos de Maria, no Céu, por toda a eternidade.

Adilson Costa da Costa

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FOTO: Imagem do Imaculado Coração de Maria, venerada na Capela da Sede dos Arautos do Evangelho (Nova Campo Grande, Cariacica-ES).

¹ Plinio Corrêa de Oliveira. IV Estação – Via-Sacra In Catolicismo n° 3, março de 1951.

² Plínio Corrêa de Oliveira. Cântico de fidelidade. In Dr. Plinio, São Paulo, Ano VIII. N. 84 (mar. 2005); p. 36.

³ Plinio Corrêa de Oliveira. IV Estação – Via-Sacra In Catolicismo n° 3, março de 1951.

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Os Anjos na Criação – Tema do 2° Encontro do Curso de Teologia – 2017

Deu-se como que uma “descoberta” agradável e útil para os participantes do 2° Encontro do Curso de Teologia – 2017, realizado neste mês de abril, nos Arautos do Evangelho, em sua sede na Nova Campo Grande, Cariacica.

Esta “descoberta” se fez através do estudo e da contemplação das maravilhas da Angelologia, ou seja, do que a Igreja Católica, os dados da Fé e da Revelação nos ensinam a respeito daqueles que são nossos melhores amigos – não raramente esquecidos, quiçá, desconhecidos de tantos: os Anjos.

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