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São José, o patrono da boa morte

Na Quaresma, especialmente, somos admoestados maternalmente pela Igreja a refletir sobre os últimos acontecimentos que cada um de nós irá inevitavelmente provar: a morte, o juízo, e o Paraíso ou o inferno. Sim: a meditação nos Novíssimos nos estimula a praticar o bem e a evitar o mal!

É por isto que lemos na Imitação de Cristo, a propósito do primeiro dos Novíssimos: “Em todas as tuas ações, em todos os teus pensamentos deverias comportar-se como se tivesses de morrer hoje. Se tua consciência estivesse tranquila, não terias muito medo da morte. Seria melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã?”. ¹

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QUARESMA DE 930 ANOS

Assustado pelo que acabara de acontecer e atônito com a fuga inesperada dos animais afastando-se apavorados, um jovem casal triste e desconsolado caminhava sem rumo.

Em certo momento voltaram-se e, pela última vez,  olharam  o lugar onde haviam vivido. Era um verdadeiro jardim adornado de pedras multicores, translúcidas e luminosas, colinas encantadoras, ladeadas de altas árvores das quais pendiam flores ou frutos. Avistavam prados cor de esmeralda reluzente, rios mais parecidos com torrentes de cristal líquido e muitas outras maravilhas.

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Bispos auxiliares de Vitória celebram a Eucaristia na comunidade dos Arautos

A Quaresma, tempo votado à penitência e reconciliação, e portanto caracterizado pela seriedade e sobriedade cristãs, teve uma nota de alegria especial para a comunidade do Arautos do Evangelho de Vitória a visita dos Bispos Auxiliares, Dom Joaquim Wladimir e Dom Rubens Sevilha.

Dom Wladimir presidiu a Celebração Eucarística com a presença de dezenas de Cooperadores e simpatizantes dos Arautos. Durante a homilia, comentando a leitura do livro do Êxodo, Dom Wladimir fez uma relação entre a saída dos filhos de Israel do jugo dos egípcios e a situação de um cristão que vive sob o jugo do pecado e é convidado a refletir e abandonar o pecado. O “Egito” para nós pode ser uma situação, um ambiente que devemos abandonar, costumes que nos afastam de Deus, amizades que nos fazem mal, explicou ele.

Terminada a Santa Missa houve uma confraternização onde, acompanhados pelas presenças insignes dos dois prelados, todos participaram de um alegre jantar.

Ao fim do jantar foram oferecidas a cada um dos bispos uma singela lembrança da parte dos Arautos: uma pasta de cerimônia confeccionada em couro com o correspondente brasão episcopal.

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Os Benefícios do Jejum

     Sabiamente celebrados pela Santa Igreja, os tempos litúrgicos são de inestimável riqueza. Dessa forma, a doutrina católica explica que são mais benéficas às almas as cerimônias litúrgicas nas quais participam, do que até mesmo os documentos pontifícios.

     Ora, com o fim de cumprir com o preceito divino da penitência, é na quaresma que a Igreja, com mais insistência, recomenda a prática do jejum.

     Na atualidade, muitos são os que a consideram antiquada e incômoda. Contudo, o próprio Nosso Senhor jejuou quarenta dias antes de iniciar sua vida pública (Mt 4,2) e recomendou-o aos seus discípulos na luta contra o demônio (Mt 17,20).

     Além das recomendações do próprio Homem-Deus, que já seriam suficientes, há ainda os benefícios próprios do jejum. Santo Agostinho afirma que o jejum purifica a alma, eleva o espírito, submete a carne ao espírito, torna o coração humilhado e contrito, dissipa as trevas da concupiscência, extingue os ardores do prazer e acende a luz da castidade.[1]

     Assim, o que nos pede a Igreja neste tempo penitencial, é que nos privemos de alguns bens corporais em prol de um princípio superior, visto que a natureza própria da penitência é a detestação do pecado por ser ofensa a Deus.[2] Por conseguinte, nos mostra doutor Plinio que “A verdadeira alegria da vida não consiste em ter prazeres, mas sim na sensação de limpeza da alma que temos quando olhamos o sofrimento de frente e dizemos ‘sim’ para ele.”[3]


[1] Cf. SANTO AGOSTINHO, in. MARÍN, Antonio Royo. Teologia Moral para Seglares. Moral fundamental y especial. Madrid: 2007. p. 396.

[2] Cf. Sacrosanctum Concilium n.109.

[3] CORREA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência. São Paulo, 14 de setembro de 1964.

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Por que somos tentados?

     No primeiro domingo da quaresma, a liturgia da Igreja nos apresenta um tema muito comum na vida dos homens: a tentação! Há muitos que desconhecem ou não tem presente ao espírito, a verdadeira natureza e o caráter das tentações. Todos têm suas tentações, e muitas. E, entre os diversos caminhos pelos quais Deus conduz as almas escolhidas, está a vereda das tentações.

     A tentação é o caminho pelo qual todos devem trilhar. Passam por entre multidões de tentações, atravessando uma após outra, e cada qual excede a anterior em fealdade. O fato de poder Deus fazer consistir o caminho da perfeição também em tentações lança, no entanto, considerável luz sobre o porquê da tentação em geral. Em suma, como disse São Thiago, é necessário que haja tentações, pois não poderá ser coroado aquele que não batalhar varonilmente (Cf. Tg. 1,12), e a tentação é um excelente adversário; não existem ao acaso, mas são inerentes à condição humana; não se cruzam no ar como balas sobre um campo de guerra, pois cada tentação já tem sua coroa preparada, se a alma corresponder à graça e alcançar a vitória.

     Assim disse o sábio: “Filho, se queres servir a Deus, conserva-te na justiça e no temor e prepara-te para a tentação (Eclo. 2,1).” E ainda: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? (Jó. 7,1)”. Depois do pecado de Adão o homem só descansará das guerras espirituais no Céu, pois no dizer de São Jerônimo sobre a passagem “Tempo de guerra e tempo de paz” (Eclo. 3,8), enquanto habitamos neste mundo é tempo de guerra, quando passarmos ao outro, será tempo de paz.[1] Assim, nessa terra será sempre tempo de peleja enquanto a morada do homem for uma tenda corruptível e mortal.

     Contudo, muitas são as pessoas que se queixam amargamente de suas tentações, visto que elas se apresentam sob as formas mais diversas: atração, desejo, repulsa, desagrado, lentidão, omissão, negligência e precipitação. Em virtude disso, afetam todas as ordens: deveres de estado, classes sociais, orgulho, pureza, justiça, piedade etc.

     As tentações podem ser interiores, quando nascem dos sentidos livres e indisciplinados, quer das paixões ardentes e desregradas da concupiscência desordenada pelo pecado original; exteriores, quando por ação diabólica ou não, causam deleitações as riquezas, as honras, as afeições mal concebidas e as distrações; ou uma e outra ao mesmo tempo. Quanto às que participam das duas naturezas, possuem os atrativos de ambas. Em síntese são polimórficas.

     Vistas, porém, sob certo aspecto, todas as tentações consistem numa aliança entre o que está dentro e o que está fora do homem. Nem todas as tentações provêm do demônio, todavia deve-se receá-lo e ter uma ideia clara das funções terríveis e malignas que lhe atribui a Escritura, pois, como diz São Pedro: “Sede sóbrios e vigilantes! Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como leão a rugir, procurando a quem devorar” (1Pd. 5,8).

     No entanto, as tentações constituem matéria prima para a glória; saber governá-las é tão importante quanto governar um império e requer vigilância ainda maior.[2]Por grandes que sejam as aflições e os desgostos que as tentações possam causar à alma, é, em geral, dom de Deus não ser preservada delas. Por três vezes implorou São Paulo que lhe fosse tirado o aguilhão que o atormentava. Contudo, a resposta recebida de Deus, “basta-te a minha graça” (Cf. 2Cor. 12,7-10), mostra quão precioso é o dom da tentação, ou a permissão divina pela qual se é tentado.


[1] Cf. SÃO JERÔNIMO, in. RODRÍGUEZ, Alonso. Ejercicio de Perfección y Virtudes Cristianas. Tomo II. Madrid: 1930. p. 463.

[2] Cf. WILLIAM FABER, Frederick. Progresso na vida espiritual. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda, 1947. p. 252

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Retiro Quaresmal na Paróquia Nossa Senhora de Glória

Retiro Quaresmal na Paróquia Nossa Senhora da GlóriaNo dia 31 de Março os Arautos participaram da Santa Missa durante o Retiro Quaresmal, promovido pelo Revmo. Pe. Vandaike Costa Araújo, pároco de Nossa Senhora da Glória, Vila Velha. Veja as fotos.

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